Uma publicação viral no Facebook afirma que o primeiro carro a hidrogénio começou a ser comercializado na Austrália. Esta afirmação é falsa. 

A partilha foi feita num grupo de Facebook que conta com mais de 7 mil utilizadores, e até agora já ultrapassou uma centena de comentários.

“Este é o Hyundai Nexo”, apresenta a partilha, que um pouco mais à frente refere que a marca se tornou “o primeiro fabricante de automóveis do mundo a produzir um veículo a pilha de combustível a hidrogénio para o mercado”.

A publicação acrescenta ainda alguns pormenores sobre a viatura: o carregamento é feito em cinco minutos, um depósito tem autonomia para 900 quilómetros e o veículo “renova o ar conforme avança”.

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Na verdade, os veículos movidos a hidrogénio já chegaram ao mercado há alguns anos. A primeira marca automóvel a comercializar — e a produzir em série — modelos deste tipo foi a Toyota, que em 2014 lançou o Mirai. Antes disso, já existiam alguns modelos que não foram comercializados de forma universal.

Este automóvel só começou a ser vendido em Portugal em 2021. Nessa altura, o Jornal de Notícias chegou a divulgar a escassa oferta de postos de abastecimento existentes no país, assim como outras características do veículo.

Por exemplo, o Toyota Mirai tem autonomia de 650 quilómetros. No site da marca podem ser consultadas mais características do automóvel, sendo possível verificar que reabastecer o depósito pode demorar três minutos.

Já o Hyundai Nexo oferece uma autonomia de 666 quilómetros, o contrário do que é dito na publicação. Este modelo também já está a ser comercializado na Europa.

Conclusão

Uma publicação viral no Facebook afirma que o primeiro carro a hidrogénio começou a ser comercializado na Austrália, referindo-se ao Hyundai Nexo e às características deste automóvel. Contudo, o conteúdo é falso. O primeiro carro movido a hidrogénio — e comercializado em massa — foi o Toyota Mirai, que já é comercializado em Portugal desde o ano passado. O Hyundai Nexo também é vendido na Europa.

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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