Circula nas redes sociais várias publicações que dão conta de que a princesa Salma da Jordânia, filha do Rei Abdullah II, esteve diretamente envolvida na operação levada a cabo pela Força Aérea jordana que abateu drones lançados pelo Irão contra Israel, no passado fim de semana.

“A princesa Salma da Jordânia, que é piloto, alegadamente abateu cinco drones na noite passada”, lê-se numa das publicações, acompanhada por uma fotografia da jovem de 23 anos, a filha mais nova do Rei Abdullah II, vestida com uma farda da Força Aérea do país.

A filha do monarca da Jordânia realmente realizou um curso de piloto (passando quer a parte teórica quer a parte prática) nas Forças Armadas jordanas, sendo a primeira mulher do país a fazê-lo.

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No entanto, não é verdade que a princesa Salma tenha estado envolvida na operação jordana para abater drones e mísseis iranianos. A fotografia presente em várias publicações é de um artigo da revista Emirates Woman, que elencava, a 10 de abril, as “quatro vezes que a Princesa Salma da Jordânia provou ser o membro da família real mais ambiciosa”.

Esse artigo acabou por ser adulterado posteriormente com o título de que a princesa tinha abatido drones, como mostra uma nota da comunidade na rede social X (antigo Twitter). Além disso, o portal israelita Fake Reporter, destinado a combater fake news, aponta no mesmo sentido: “[O artigo falso] foi fabricado baseado num artigo antigo.”

Conclusão

Não é verdade que a princesa Salma tenha feito parte de qualquer exercício militar da Força Aérea da Jordânia no passado sábado para abater drones iranianos. A informação partiu de um artigo adulterado de uma revista feminina.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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