Vários publicações que circulam na rede social Facebook mostram o que parece ser uma foto da icónica atriz, cantora e modelo norte-americana Marilyn Monroe tirada depois de uma detenção (um mugshot, no termo em inglês). Na foto, pode ver-se Marilyn Monroe a segurar um cartaz com o seu nome verdadeiro (Norma Jeane Dimaggio) e a data de 4 de fevereiro de 1954. As publicações dizem que a artista foi detida depois de ter sido apanhada a conduzir demasiado devagar e sem carta de condução. Será verdade?

Não há qualquer registo ou relato de que Monroe tenha alguma vez sido detida. A fotografia em causa não é verdadeira. Segundo o site norte-americano Snopes, trata-se de uma montagem feita a partir de uma outra foto de Marilyn Monroe, que consta de um documento emitido pelo Departamento da Defesa dos EUA.

O documento de identificação foi emitido por aquele organismo do governo norte-americano para que Marilyn Monroe pudesse atuar para as forças norte-americanas destacadas na Coreia. Monroe encontrava-se na Ásia em fevereiro de 1954, mais precisamente no Japão — país onde foi passar a lua de mel com o então marido, o jogador de basebol Joe DiMaggio.

Ao contrário do que alega a publicação, Marylin Monroe tinha licença para conduzir e teve três carros registados em seu nome: dois Cadillac e um Ford Thunderbird. Segundo a mulher do fotógrafo oficial de Monroe, a artista gostava de conduzir.

Conclusão

A foto partilhada no Facebook e noutras redes sociais (como o X e o Instagram) é falsa. Não há qualquer registo ou relato de que Marilyn Monroe alguma vez tenha sido detida. A foto é, aliás, uma versão alterada de um retrato da artista que consta num documento oficial emitido pelo governo dos EUA.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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