Esta semana assinalou-se, a 29 de Setembro, o Dia Mundial da Retina e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem pelo menos 2,2 mil milhões de pessoas cegas parcialmente ou na totalidade. Em mil milhões destas pessoas, a patologia poderia ter sido evitada ou ainda não foi tratada. Doenças da retina, como a degenerescência macular relacionada com a idade (DMRI), a retinopatia diabética e a retinose pigmentar têm um grande impacto na acuidade visual e podem, inclusive, levar à cegueira.
A retina consiste numa camada fina de células que reveste a parte interna do olho e tem como função transformar o estímulo luminoso em neurológico. Este estímulo é conduzido ao nervo ótico, que irá levar as informações até ao cérebro para serem processadas, permitindo-nos ver.
Algumas das causas destas doenças da retina residem na falta de controlo dos níveis de glicemia no sangue, na idade, na predisposição genética, no tabaco e, até, na exposição excessiva à luz solar.
É importante estar atento a todos os sinais, de modo a detetar atempadamente alterações oculares. O diagnóstico precoce de doenças da retina pode ser fundamental, ainda que, apesar da retina não poder ser transplantada, existirem algumas doenças que podem ser tratadas ou mesmo evitadas. Alguns dos sintomas passam pela distorção da imagem, visualização de pontos flutuantes, diminuição da visão ou mesmo perda, quer da visão central, quer da periférica.
Com a finalidade de evitar e prevenir este flagelo, é crucial consultar regularmente um optometrista para fazer rastreios oculares; ter uma alimentação saudável; praticar atividade física; não fumar; usar óculos de sol; controlar os níveis de açúcar no sangue, a tensão arterial e o colesterol.
Caso detete algum dos sintomas de doenças da retina deve marcar uma consulta com um optometrista para um diagnóstico e terapêutica adequados. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o optometrista é um profissional central nos cuidados para a saúde da visão.