Um dia aprendi que se queremos mudar o mundo devemos começar pela nossa rua. Então, se queremos IGUALDADE, devemos começar pela nossa casa.
Há uns tempos, numa aula do oitavo ano, fiquei chocada por metade das meninas da turma achar que o namorado poderia interferir na roupa que vestiam. Outras queixavam-se que as mães as obrigavam a fazer a tarefas domésticas e aos irmãos não. Como vamos ensinar às nossas filhas e filhos que somos todos iguais se no quotidiano, nas pequenas coisas isso não acontece?
Hoje iremos ver nas floristas filas de homens a comprar ramos de flores, sinceramente, e não querendo julgar todos, não seria melhor se quando chegassem a casa partilhassem as tarefas domésticas? Fazendo-o durante todo o ano e não apenas quando o calendário diz.
Mais uma vez digo a IGUALDADE começa no respeito! E nós, mulheres, devíamos ser as primeiras a exigir isso! Quem nunca se sentiu incomodada com os piropos? Quem nunca pensou será que devo ir de saia aquele sítio? Há um caminho tão longo a percorrer, e nós, mulheres ocidentais, devíamos lembrar-nos de todas as que lutaram e morreram pelos nossos direitos e de todas as outras a quem estes direitos ainda estão vedados. Ainda há quem não tenha direito à educação, há quem ainda não possa votar, conduzir, ter opinião, ou simplesmente mostrar a cara fora de casa.
Por isso, não nos esqueçamos que aqui um dia também foi assim, está na hora de continuar o legado que as nossas antepassadas nos deixaram. Nem que seja na nossa casa, na educação dos nossos filhos, nos comentários que fazemos em relação a outras mulheres e ao exercer o nosso direito de voto nas próximas eleições.