A Iniciativa Liberal tem crescido ao longo dos últimos anos. É algo que não se pode negar. O partido liderado por Rui Rocha tem cimentado a sua presença em Portugal e começa agora a dar os primeiros passos na Europa.

Com a sua mais recente Convenção Nacional, ficou óbvio para todos que a Iniciativa Liberal não é um partido perfeito. Porém, tem boas razões para sorrir. Isto porque mostrou ao país que ter divergências dentro do partido é bom e faz bem!

Assim sendo, como um dos mais recentes membros da Iniciativa Liberal, tenho de admitir que fiquei surpreso por várias razões. E aqui ficam 4 que me fazem acreditar que o crescimento da IL é quase garantido, senão, inevitável.

1. Discordâncias nos estatutos da Iniciativa Liberal é bom sinal

Ao contrário do que muitos media, ou até membros da Iniciativa Liberal dizem, acredito que a mais recente discordância nos Estatutos da Iniciativa Liberal é um bom sinal.

É sinal que os membros querem ver o partido continuar a crescer. Uns veem de uma forma, outros de outra. Contudo, o objetivo é o mesmo. Espalhar a ideologia Liberal para o nosso Portugal.

Aliás, atrevo-me a dizer que se pegassem nos estatutos da candidatura “Mais Liberais”, poderiam perfeitamente criar um novo partido. A ideologia principal continuaria.

Ou seja, isto mostra-nos que as ideias dentro do próprio partido são diferentes. Mas com o mesmo objetivo em comum.

Ainda que fosse referido por vários meios de comunicação social que exista um mal-estar dentro do partido, sinceramente, não senti o mesmo.

Aliás, tive a oportunidade de discutir com membros de candidaturas diferentes, e a conversa foi uma das mais produtivas que vi dentro da política. Podia-se fazer daquilo um podcast e tenho a certeza que teria sucesso dentro do globo liberal.

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Discordar faz bem. Ao contrário de alguns partidos portugueses onde a palavra do “Rei” é a que conta. Na Iniciativa Liberal há espaço para novas ideias e novas formas de pensar.

Uma coisa é certa, todos concordavam que os estatutos deviam ser alterados (ou melhorados). Infelizmente, não foi desta que tal aconteceu.

2. A vontade clara de mudar o panorama português

Já há muito que parece óbvio, porém, esta Convenção Nacional da Iniciativa Liberal trouxe-nos mais afirmações concretas. No segundo discurso de Rui Rocha, foi claro que o público-alvo era o povo português.

O nosso atual governo continua incapaz de resolver problemas. Mesmo que estes tenham sido criados pelo governo anterior.

Ainda que o tempo seja curto, a falta de ideias e (por certo) falta de vontade, para resolver estes problemas parece óbvio.

A Iniciativa Liberal só tem a ganhar com esta recente incapacidade da Aliança Democrática. A mensagem da IL continua a ser difundida e possíveis soluções (que abordarei abaixo) são cada vez mais olhadas pelos portugueses como exequíveis.

Sendo a minha primeira Convenção Nacional, posso referir com certeza que todos os membros com quem me cruzei, tinham a clara ideia que um governo da Iniciativa Liberal conseguiria, pelo menos, atenuar os principais problemas deste país.

3. Ideias que parecem radicais para quem não as quer entender

Sinceramente não consigo entender o problema de qualquer português quando é referido pela IL as palavras: “Menos Estado”.

Afinal de contas, segundo a conversa em todos os cafés portugueses, é que “são todos iguais”. Assim sendo, vamos mudar o panorama. Vamos fazer algo diferente. Vamos privatizar o que deve ser privatizado. Vamos baixar os custos do Estado e melhorar a vida das pessoas criando oportunidades ao setor privado de criar empregos e prosperar a economia.

Se há uns tempos era uma ideia radical privatizar a TAP, hoje nem por isso. Quase que foi necessário um referendo para o governo perceber que as pessoas estão fartas de uma agência Aérea que serve pior os portugueses que a LowCost Irlandesa.

Há um claro problema com os hospitais e com a educação. A solução da Iniciativa Liberal é uma reforma total destes setores. Não será feito num ano ou dois, é um facto, mas é necessário.

Os portugueses devem ser livres de escolher para onde querem que os seus filhos vão para a escola, independentemente do seu código postal. Parafraseando as palavras do Rui Rocha no discurso da Convenção Nacional.

4. A Iniciativa Liberal continua a olhar para o horizonte

Por fim, a Iniciativa Liberal refere e mostra que tem um olhar no futuro. As ideias não são implementadas de um dia para o outro. Todavia, os portugueses começam a ficar fartos da conversa dos governos em gestão.

Em certos pontos, faz-nos lembrar o discurso do treinador derrotado no final de um jogo. Ou seja, “temos de melhorar”, “a culpa é da arbitragem”. Está na hora de assumirmos a responsabilidade.

Em suma, desde o 25 de Abril de 1974 que o país tem sido liderado pelos mesmos. E desde então temos caído para o fundo da tabela em tudo quanto é estatística. Uma coisa é certa, todos sabemos (lá, no fundo) que Portugal vai mudar em breve. Resta-nos saber se teremos uma Iniciativa Liberal capaz de acompanhar e continuar a crescer. Tudo indica que sim!