A 4 de novembro de 1974, um grupo de jovens deu origem à então Juventude Centrista, movidos pela crença de que a juventude precisava de um espaço para lutar e se afirmar no contexto democrático emergente às portas de Portugal. São cinco décadas de valores, de ideias, de convicções, mas também de um enorme amor por Portugal e de uma determinação firme quanto ao seu futuro.

A Juventude Popular, durante os 50 anos da sua existência, teve uma representação activamente política e uma acção constante de defesa e promoção de direitos da juventude e de políticas que visam o avançar da construção do futuro. Da Assembleia da República e da sociedade civil, a JP nunca se esqueceu das Juventudes e do seu país e defendeu as causas que eram importantes para estes. Entre as mais importantes estão o reforço da educação, o reconhecimento do direito à habitação, a liberdade económica, e a inclusão dos jovens na vida política.

A classe política antiga é ainda testemunha que foi ali, na JP, que se forjaram, integraram a experiência, os valores e a determinação que removeram para os mais elevados altos cargos da vida pública portuguesa.

A história da Juventude Popular é marcada, acima de tudo, pela evolução que se identifica com a causa. Uma fidelidade que é a sua força e que vai torná-la mais robusta para o futuro.

A Juventude Popular formou, durante muitos anos, um espaço privilegiado de atuação política e cívica para os jovens que se dedicavam ao serviço do país. Muitos protagonistas da vida política nacional começaram as suas atividades na JP, onde conheceram e fomentaram o gosto e a importância do debate, da cidadania e do compromisso ético. A par deles, eu, por exemplo, que na JP aprendi que a política é uma missão. E o maior legado que deixamos é o da honradez e da responsabilidade para com os outros.

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Mas a JP não é conhecida apenas pela quantidade de líderes que sempre formou, mas pela solidez do conteúdo dos valores que sempre passaram e que continuam a reafirmar o pensamento político e social português. Para sempre seremos uma escola da cidadania, onde os mais novos têm um lugar onde se afirmam, discutem e envidam esforços para um amanhã mais livre e mais vezes.

Comemorar o cinquentenário da Juventude Popular é emergir numa nova leitura dos desafios que se colocaram em 1974, com a mesma missão que agora também existe.

Hoje enfrentamos o desafio de cumprir as expectativas que as novas gerações têm em relação a uma economia verde, a inclusividade ou a justiça nos povos. Mas, adaptando-se às novas circunstâncias, a JP não deve esquecer sua missão básica: oferecer sua voz a respeito de um desenvolvimento mais justo e solidário.

Hoje, não apenas lembramos as etapas anteriores, mas reafirmamos o objetivo de preparar as próximas gerações de jovens para enfrentar a situação do amanhã. A Juventude Popular continuará sendo o berço dos que acreditam na força da juventude para reinventar seus povos.

O jubileu da Juventude Popular é um passo mais para a liberalização de Portugal, bem equipada com ferramentas de 50 anos em dons e um instinto inato em querer fazer o bem. É com regozijo que se pode afirmar que a juventude sempre esteve sob campanhas com um forte impacto emocional. Que estes próximos 50 anos olhem e foquem para as conquistas que se avizinham em um futuro que sempre esteve à nossa porta. Durante este tempo, a JP foi capaz de acreditar que tudo é possível com fortes valores e uma visão clara.

Tudo foi alcançado passo a passo, nós crescemos e agora sabemos que ainda há muitas outras possibilidades.

Ganha em primeiro lugar os interesses dos jovens e a promoção da Juventude Popular. Que os próximos 50 anos sejam de ainda mais conquistas.