Isto está mal. O país está muito mal. Nunca houve tanto crime. Nunca se ouviu falar assim em parricídios, matricídios. Irmão contra irmão, famílias desfeitas, assaltos à mão armada, grupelhos chamados de gangs.
A gasolina todos os dias mais cara, os impostos cada dia mais altos ou novos inventados, ou velhos duplicados.
Jovens que insultam ou agridem os professores. Professores que vestem meninos de meninas, a título de informação de que podem ser o que lhes apetecer, muito antes de eles terem a menor ideia do que virão a ser.
Este é o nosso dia-a-dia, a vox populi que nos assalta constantemente.
Mas de onde vem tudo isto? Qual é o motor que, diariamente, derrama tanta viscosidade? E porque é que ninguém faz nada, excepto queixas? Será isto a História?
Depois de muito pensar chego, invariavelmente a uma mesma resposta: ignorância, uma total ignorância, inata ou subliminarmente insinuada.
Nos manuais de Ciência Política do 12º ano os nossos jovens encontram, no capítulo de ideologia política, uma coisa que se chama esquerda e se define como «um conjunto de valores» que são a liberdade, igualdade, fraternidade (também terá guilhotina?), direitos (de quem? alguns?) reforma, internacionalismo, luta de classes, de caracter marxista.
E logo aqui, começa a confusão, melhor dizendo, a doutrinação.
Vamos então, devagarinho, tentar transmitir alguns conceitos, que não são teorias, mas a dura realidade, a verdadeira «Ciência Política», a real realidade, (perdoem a redundância).
Era uma vez um senhor, nascido na Prússia em 1818, filósofo, revolucionário e socialista, que foi o criador da doutrina comunista. Na universidade de Berlim, cedo se ligou à ideologia de Engels, outro filósofo e político. Mas essa ligação não lhe foi muito profícua uma vez que a Universidade de Jena, onde defendeu a sua tese, não o aceitou por estar ligado a Engels, do mesmo modo que a censura impedia sistematicamente a publicação dos seus artigos. Mais tarde, ambos colaboradores de uma publicação em Paris, são expulsos pelo governo do Imperador da Prússia Frederico Guilherme IV. Juntos instalam-se, então, em Bruxelas, compram um semanário e integram a Liga dos Justos, entidade comunista secreta dos operários alemães. A divulgação de um «Manifesto Comunista», uma violenta critica ao capitalismo, promoção da luta de classes e da união dos operários de todo o mundo, leva-o à prisão e depois expulsão da Bélgica.
Em 1867, refugiado em Londres, em colaboração com o fiel amigo Engels, publica o primeiro volume da obra «Das Kapital», que se tornou na Bíblia do Marxismo.
A critica da economia política e do capitalismo, a luta de classes, a intervenção nos mais diversos sectores da actividade humana, económicos, sociais, morais e artísticos, tornou-se doutrina oficial dos países de regime comunista.
E como rola o Mundo?
Em 1917, a sanguinária revolução russa consegue vencer. Mas o povo da que viria a ser a União Soviética, vive submerso na maior violência e miséria. É o primeiro sintoma de que as ideias e propostas dos marxistas são profundamente erradas.
Em Maio de 1968, em Paris, os radicais de esquerda estão em ascensão. A falta de consciência política dos estudantes — a IGNORÂNCIA — leva-os a apoiar o marxismo.
Anarquistas, comunistas, maoistas e outros esquerdistas provocam uma revolução, praticam inúmeros actos de vandalismo, queimam veículos, constroem barricadas nas ruas.
Mas a França recusa o radicalismo da esquerda. No final do mês, as eleições dão a vitória aos conservadores, depois de um protesto de 400.000 cidadãos contra os radicais comunistas os quais fogem com os seus líderes, ainda que com promessas de regresso.
Nasce a Nova Esquerda, a qual, ao invés dos antigos comunistas deixa de apoiar a revolução, ou seja, prefere uma mutação lenta das instituições.
Os conservadores, os cristãos e os patriotas são os maiores inimigos da Nova Esquerda. É altura desta mudar de estratégia: agora é vital corromper, destruir os valores tradicionais, ou seja a religião, o conceito de Pátria, de família, de moralidade. Quando tal for bem-sucedido, poderão, então, impor a sua ideologia e tomar o poder.
É impossível, hoje, agora, para os que têm os pés bem assentes na terra, não descobrir as semelhanças, a ignorância já não pode ter lugar.
Assim o primeiro objectivo é criar medo psicológico e cultural na sociedade branca, usar a manipulação até acabar em definitivo com a cultura cristã europeia e o conceito tradicional de família. E como, exactamente? Muito fácil:
- Quem tem orgulho na sua nação, nos feitos dos seus antepassados é nazi, extremista, racista.
- Quem tem orgulho na família tradicional oprime uma minoria homossexual, é fascista e homofóbico.
- Quem vê o risco de uma imigração sem regras, de indivíduos que não aceitam as nossas leis, até tentam mudá-las com exigências absurdas e frequentemente pela violência, é xenófobo e racista.
- Quem não concorda com as ideias da esquerda é excluído da vida pública.
- Quem acha criminoso que algumas escolas tentem impor aos nossos filhos pequeninos que podem mudar de sexo, já, sem crescer e vistam meninos de meninas e vice-versa é homofóbico, fascista, racista e mais qualquer coisinha.
E não é este o cenário que se nos depara?
O politicamente correcto foi inventado agora mesmo. A Nova Esquerda tenta tomar paulatinamente o poder. Na educação, nos Media, no cinema, na política até mesmo na informação diária. Nas posições do poder, na legislação. Na União Europeia muitos dos legisladores são da Nova Esquerda.
Mas neste ensaio- não esqueçam… Sobre a ignorância, ainda há muitas coisas a dizer.
Mas um Ensaio é, segundo o Dicionário, «um meio empregado para ver se uma coisa serve para o fim a que é destinada»
Assim, passemos ao resumo de «alguns» dos crimes cometidos pela esquerda, pelo comunismo, maioritariamente durante os regimes de Lenin e Stalin. A saber:
- Entre 1918 e 1922 a execução de milhares de reféns e prisioneiros e centenas de milhares de operários e camponeses rebeldes.
- Em 1920 a deportação e extermínio dos cossacos do rio Don.
- Em 1921 a grande fome russa que matou 5 milhões de pessoas.
- De 1919 e 1930 o extermínio de dezenas de milhar em campos de concentração, os Gulag.
- Entre 1934 e 1938 o grande expurgo de Stalin, execução de 750 mil homens, mulheres e crianças e o envio para os gulag – campos de trabalho forçado, melhor dizendo campos da morte, mais de um milhão de pessoas. Também foram executados 30 mil membros de Exército vermelho, incluindo generais e almirantes.
- Entre 1930 e 1932 a deportação dos Kulaks, as pequenas propriedades agrícolas, de que Stalin se apropriava, matando os que ofereciam resistência e enviando os outros para os gulags.
- Entre 1932 e 1933 o genocídio pela fome de 10 milhões de ucranianos, os pequenos proprietários que não queriam sair das suas terras de que o Estado queria apropriar-se, conhecido como Holodomor.
- Entre 1939, 41, 44 e 45 a deportação de polacos, ucranianos, bálticos, moldávios e bessarábios (hoje Europa de leste).
- Em 1943 a deportação dos tártaros da Crimeia. – Em 1941 a deportação dos alemães do Volga.
- Em 1944 a sovietização dos estados Bálticos.
- Em 1944 a deportação dos chechenos.
- Em 1944 a deportação dos inguchétios (província da Rússia), muçulmanos, sunitas.
A finalizar a estatística, eis o número de mortos conhecido do comunismo: – 20 milhões na União Soviética.
- 65 milhões na República Popular da China.
- 1 milhão no Vietnam.
- 2 milhões na Coreia do Norte.
- 2 milhões no Camboja.
- 1 milhão nos estados comunistas do leste Europeu.
- 150 mil na América Latina.
- 1,7 milhões na África.
- 1,5 milhões no Afeganistão.
- 10 mil mortes resultantes das acções do movimento internacional comunista e de partidos comunistas fora do poder.
- As incontáveis vítimas de tentativas de fuga da Alemanha, a República Democrática (?) de Leste, fechada por uma cortina de ferro que impedia a saída daquele «paraíso», que se estendia do Báltico até ao Adriático.
A todo este número de vítimas somam os valores morais e sociais «vitimados»: a corrupção da sociedade, a destruição de valores tradicionais, conceitos de Nação, de patriotismo, de Família tradicional, de Deus, de Pátria e de Família .
A revolução vermelha não morreu com a queda do comunismo, apenas mudou o seu colorido. Ainda vive a destruir-nos da forma mais eficaz e prática. Já não é o genocídio de povos. É o da sociedade europeia, o de todos nós. Aquilo que não queremos. E que ainda está nas nossas mãos.
Agora já não podem dizer «É que eu não sabia….»
Texto de Manuela de Sousa Rama
Pesquisa de Làszlò Hubay Cebrian e Domingas Vieira