Segundo dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos, em 50 anos, a participação eleitoral em Portugal caiu de 91 para 67%, o que coloca o nosso país bastante abaixo da média de participação europeia, que neste momento está nos 74%.
No próximo dia 10 de março rumamos às urnas conscientes dos desafios enfrentados pelo nosso país e munidos com a certeza de que almejamos por um amanhã melhor. No próximo dia 10 de março Portugal vai a eleições legislativas pela terceira vez em menos de 5 anos.
Nestes 5 anos viveram-se mundos diferentes, viu-se um antes, um durante e um pós-pandemia. Viveu-se a amargura dos confinamentos, a insegurança dos conflitos e a problemática das grilhetas económicas. Neste tempo de amanhãs imprevisível para as novas gerações do nosso país a insuficiência e insegurança no presente e no futuro foi uma constante.
É tradição que em vésperas de grandes atos eleitorais os partidos e demais órgãos de comunicação social deem o seu contributo para que as massas se desloquem às urnas. Num esforço de desculpabilização, para após os sucessivos sufrágios poderem dizer “nós tentámos”. Ora, tentar seria promover debates televisivos onde um candidato não tenha de resumir todo um programa eleitoral ou uma visão de futuro para o país numa intervenção de 13 minutos num debate de cerca de meia hora. Tentar seria promover um debate esclarecido e sério, mesmo que isso fosse a custo das grandes audiências futebolísticas ou dos reality shows que todos conhecemos.
Mais que promover o voto é necessário promover um voto esclarecido. Dar a conhecer a realidade do jogo democrático é dos maiores e mais importantes serviços que podemos prestar à nossa democracia.
Os jovens são e sempre serão força, energia e irreverência. São e sempre serão o inconformismo e a vontade de mudança que se quer no nosso mundo. São e sempre serão compromisso, dedicação e entrega às grandes causas dos nossos tempos.
Dia 10 eu voto porque sei que a nossa voz interessa, a nossa opinião interessa. Dia 10 todos temos os mesmos direitos. Dia 10, todos valemos o mesmo. Dia 10, todos valemos um voto. Essa é a grande virtude da Democracia, por um dia que seja. Livres e donos do nosso destino, somos todos iguais. Dia 10 votamos sabendo que o nosso futuro é aquilo que nós desejarmos que ele seja.