Condições de contágio:

“Contacto em proximidade (frente a frente) ou em ambiente fechado com caso confirmado de Covid-19 (ex: gabinete, sala de aulas, sala de reuniões, sala de espera) a uma distância até 2 metros durante mais de 15 minutos;”

“Contacto em proximidade (frente a frente) ou em ambiente fechado com caso confirmado de Covid-19 (ex: gabinete, sala de aulas, sala de reuniões, sala de espera) a uma distância até 2 metros durante mais de 15 minutos;”

“Contacto em proximidade (frente a frente) ou em ambiente fechado com caso confirmado de Covid-19 (ex: gabinete, sala de aulas, sala de reuniões, sala de espera) a uma distância até 2 metros durante mais de 15 minutos.”

Dêem isto ao Governo e à DGS, que o escreveu, para repetirem até à exaustão e ver se interiorizam e começam a aplicar regras em função desta informação que consta nos documentos da própria DGS, OMS, etc.

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O desnorte da governação é total e como não sabem como mudar o rumo da evolução da pandemia, são tomadas medidas sem qualquer base científica, bom senso, coerentes, etc., apenas para dizer que fizeram alguma coisa. Se correr bem, é por causa das medidas, se correr mal, é porque não são suficientes ou por culpa das pessoas, essas irresponsáveis.

Pergunta para um milhão de euros: quem consegue encontrar uma ligação entre o primeiro parágrafo deste texto e as medidas tomadas pelo Governo?

  • Desde as medidas iniciais para achatar a curva e que afinal são para esmagar a curva que teima em não ser esmagada.
  • Desde a vacinação que era essencial para voltarmos à normalidade, mas que afinal já não serve para nada porque afinal não protege a 100% (conhecem alguma actividade com segurança de 100%?) e por isso não elimina a necessidade de isolamento profiláctico ou o uso de duas máscaras numa pessoa vacinada e com teste negativo (está tudo louco), pois o vírus que consegue sobreviver ao sistema imunitário de um Primeiro-Ministro vacinado, pode ultrapassar a primeira máscara…
  • Desde os transportes públicos que estão cheios, mas onde não há transmissão porque não há estudos que evidenciem transmissão no autocarro que sai de Algés e vai até à Praça do Comércio. Os estudos que há são internacionais e portanto não se aplicam aos nossos transportes. Como é óbvio!
  • Desde os aviões que podem andar cheios, porque como os passageiros vão sempre a olhar para a frente durante toda a viagem não transmitem o vírus ao colega do lado. Lógico!
  • Desde os comboios que andam cheios, à pinha, porque os que tinham seis carruagens foram desdobrados em três carruagens para poderem dizer que aumentaram o número de comboios em circulação. Mas ninguém diz que têm menos carruagens e que nas horas de ponta estão completamente cheios, sendo necessário empurrar as pessoas para dentro, para poder fechar a porta (factual). Claro!

Todas as medidas não-profilácticas deviam ser tomadas pesando sempre as potenciais consequências positivas para a saúde pública e as eventuais consequências negativas para a economia e saúde mental e tentar alcançar um equilíbrio. Tal nunca foi feito.

Se as medidas tomadas tivessem um mínimo de consideração pelo primeiro parágrafo deste texto, teria sido possível fechar muito menos actividades e ajudar muito mais as poucas em que realmente existe um perigo real de contágio.

Não quero falar das medidas passadas, mas apenas de algumas que vão ser implementadas neste fim-de-semana e durante o Verão, começando pela obrigatoriedade de apresentar um certificado Covid ou de realizar um teste para poder ir almoçar ou jantar fora ao fim-de-semana.

Faz isto sentido para conter o contágio ou é apenas mais uma medida para dizer que se faz alguma coisa? Por acaso já tenho certificado, porque tive a felicidade de ser vacinado com a vacina da Johnson, de dose única. Sorte a minha.

Considerando que a maioria das vacinas administradas são as de duas doses, quem é que já tem o referido certificado?

De acordo com as notícias, já foram emitidos mais de 1 milhão de certificados. Tendo a vacinação começado pelas pessoas mais velhas ou mais frágeis do ponto de vista imunológico, parece-me que este milhão e tal de certificados ainda não abrange muitas pessoas que frequentem restaurantes muitas vezes. Aliás, das pessoas que conheço, muito poucas têm certificado, em geral porque ainda não tomaram a segunda dose ou porque ainda não chegou a vez deles. Partindo deste princípio, parece-me que uma grande maioria das pessoas que queiram ir a um restaurante vão mesmo ter que apresentar o teste.

Faz sentido?

Ao fim-de-semana, muitos dos almoços e jantares são até entre o mesmo agregado familiar. Faz sentido fazer o teste? Vou com os meus filhos ao restaurante e tenho que fazer testes a todos à entrada? Mesmo que seja um grupo (já há regras para o grupo), será que ao fim-de-semana há muitos mais grupos de “bolhas diferentes” do que durante a semana, em que os almoços se realizam com colegas de trabalho de muitas “bolhas diferentes”?

E será que, durante a semana, com a juventude de férias, não há também centenas de grupos de “bolhas diferentes” a jantar descontraidamente?

Parece que escolheram alguns bodes expiatórios (os restaurantes e hotéis) e que são estes que terão que pagar por todos.

Olhando agora para os hotéis e alojamentos. Faz sentido? Se há sítio onde vamos ou sós, ou com a família e em que não convivemos com mais ninguém senão com as pessoas da “nossa bolha” são os hotéis.

Qual é o sentido de obrigar a apresentar teste à entrada de um alojamento?

À entrada das praias, qual o sentido de ter que andar de máscara quando, tendo novamente em consideração o primeiro parágrafo, não há contacto que possibilite contágio?

A maior parte das praias não tem uma enchente de pessoas nos seus acessos. Faz sentido obrigar a usar máscara à entrada e à saída?

Vamos ter de suportar a mesma situação do ano passado, quando um polícia proibiu dois dos meus sobrinhos, irmãos, de jogarem à bola na praia?

Estamos na altura de começar a olhar para o futuro com normalidade. Os outros países estão a fazê-lo. Não há vida com 100% de segurança, temos de perceber onde está o equilíbrio.

Criou-se a ideia que quanto mais restritiva for uma determinada medida, melhor é para “combater” a pandemia. Não. Há inúmeras medidas muito restritivas que não fazem qualquer sentido. Apenas destroem a economia e a vida de pessoas.

Uma grande parte das medidas tomadas, além de não ter tido efeito na evolução da pandemia, conduziu milhares de pessoas em Portugal, e milhões no mundo, à pobreza.

Aqui há uns dias ouvi uma reportagem sobre os milhões de pessoas no mundo que passaram para baixo do limiar de pobreza durante a pandemia. Outra reportagem sobre locais turísticos no mundo que se viram sem turistas no último ano e meio. Mas não me afecta. Porque recebo o mesmo no fim do mês. E porque vou na mesma de férias. Não vou para o hotel, mas alugo uma casa. Para não fazer testes.

As nossas acções têm um efeito em cadeia que se estende a todo mundo. Quando não viajo, quando não vou a um restaurante, quando não compro um determinado bem, tudo o que fazia até 2019 e que deixei de fazer, tem uma implicação que nos ultrapassa.

A mudança brusca de tipologia de vida e de consumo conduziu milhões ao desemprego. Muitos em países onde não há qualquer ajuda do Estado.

Hoje noticia-se o aumento brutal dos que morrem de fome. Devido a guerras, mas também devido a mim, que mudei, que fiquei em casa com medo.

Um dos problemas da gestão da pandemia foi, desde o princípio, ser conduzida por quem recebe um salário certo no final do mês. Todos funcionários públicos. O Estado pagará sempre os seus salários! Quando implementam medidas que fecham actividades ou as diminuiem consideravelmente, não lhes pesa. Nem na consciência nem na carteira.

Talvez tudo tivesse sido diferente se tivessem escrito 100 vezes o parágrafo inicial. Podiam tê-lo tido mais em consideração na elaboração das medidas. Mas optaram por criar medo, por colocar a culpa nas pessoas que não cumpriam as regras mais estúpidas e sem qualquer relevância na transmissão do vírus.

Agora ninguém sabe como voltar ao normal. Vacinados e com máscara. Isolados profilacticamente. Com vacina e com medo de contágio. Como os professores nas salas de aula, vacinados e com máscara. Que espectáculo de lógica! E há centenas de pessoas que explicam com detalhe a razão para não deixar a máscara, mesmo vacinado. Tudo para bem da saúde pública. Tudo com lógica, ou sem ela porque também essa já não interessa.

Agora já não bastam duas doses. A Pfizer já tem a terceira dose pronta para vender. Para ser mais eficaz contra a variante Delta. Já se fala na Lambda. Não contei as letras do alfabeto grego mas cheira-me a muitas doses de vacina a bem da saúde.

Não há vacinas para pessoas mais velhas numa grande maioria de países no mundo, mas nós já vamos vacinar crianças com 12 anos. Primeiro nós, os nossos, depois os outros. Solidariedade selectiva! A bem da saúde… dos nossos.

Ficámos com medo de cruzar na rua com uma pessoa sem máscara. Se o próximo precisar de ajuda, primeiro tem que colocar a máscara e só depois o podemos ajudar. Que tristeza!

Tiramos uma filha à sua mãe porque não usava máscara na escola. E todos acham bem. Pela saúde pública. Menos pelo bem da miúda.

Haja saudinha! Nem que nos fechemos todos em casa sem contactar com ninguém, a menos de dois metros, porque o meu amigo me pode matar e aos meus filhos, porque existe uma infinitésima possibilidade de o meu filho morrer com Covid ou de outra coisa qualquer que agora não interessa, porque só interessa a Covid.

Que sociedade!