O CDS, um partido histórico na Democracia portuguesa, na resistência à radicalização pós-25 de abril, encontra-se, neste momento, numa situação muito idêntica a toda a situação portuguesa: uma extrema fragilidade e debilidade. Apesar dos inúmeras vaticínios, o CDS apresenta-se como a génese portuguesa: firme, lutador e resiliente. Na perda do espaço mediático a que sempre teve direito, fruto dos seus melhores ou piores resultados eleitorais, tornou-se extremamente difícil ao CDS utilizar as formas convencionais de fazer e ser-se na política, no espaço de honra a que os grandes partidos têm direito, em jornais da noite, redações extraordinárias e coberturas correntes.
O CDS tem vivido, mediaticamente sobretudo, de jornais de influência local e regional, ou de crónicas de opinião, que já de muito valem a este partido, permitindo a continuação do trabalho louvável que tem vindo a desempenhar. O que ainda não se entendeu, pelo menos nos ditos “centristas” que têm vindo a abandonar o partido, é que é necessário mudar. À falta dos meios tradicionais, é necessário criarem-se ruturas de ciclos, métodos inovadores e experimentar a dita “transição digital” de forma plena, numa sociedade que abraça a terciarização dos serviços e atividades. Se se tem vindo a assistir a um exponencial aumento das visitas digitais, onde se criam modelos dos lugares, acessíveis em qualquer lugar, porque se insiste em meios físicos? Este é o grande paradigma.
O jovem português, europeísta em costumes e tendências, abraça e absorve tudo o que as redes sociais lhe dizem, quer seja verdade, ou não. Permite-se à adulteração dos factos, à deturpação das verdades, tal se tem vindo a verificar em campos como as mudanças (e não alterações) climáticas, ou de transição dos modelos de cidade. O cool substituiu o correto, a moralidade e a educação. É, portanto, um reduto político manter a integridade e honestidade, em sentido de transparência. Nestes aspetos, muito tenho louvado e aplaudido o presidente do meu partido, o CDS. Ora, o que as pessoas olvidam muitas vezes, é que o CDS não é um grupo político de esquerda, centro-esquerda, direita, ou centro-direita. É um grupo político que vai do centro (incluindo, por vezes, o centro-esquerda), à direita liberal e conservadora. Com isto em mente, não é fácil agradar a “gregos e troianos”, ainda para mais num caráter evolucionista e tendencioso, como a sociedade portuguesa.
Tornei-me militante ativo apenas depois do descalabre eleitoral, tendo ajudado no que posso e consigo. Não é fácil, ainda que a vontade de desistir, por vezes, seja grande. Contudo, nos meus amigos de combate, que ora são democratas-cristãos, como eu, conservadores ou liberais, vejo um sentimento único: de demonstrar a Portugal a falta do CDS. A realidade é que, cada vez mais, temos visto que o CDS, sim, faz falta. Não pelas nossas palavras, mas das pessoas com quem lidámos. E tal verdade não se questiona. Acredito igualmente que o Congresso refundador do partido seja necessário, posicionando o CDS como alternativa ao PS, ao PSD, à IL e ao CHEGA. Demonstrar o CDS como a alternativa ao centro e à direita de Portugal. Como defensor da vida, do trabalho e da liberdade. E este trabalho deve-se, sobretudo, ao Nuno Melo, que agrega, partilha e colabora com as diferentes correntes do Centro Democrático Social.
Aos portugueses, é necessário que não tenham medo de se mostrarem CDS, ainda que nas urnas, porque decerto não encontram melhor alternativa que a nossa. Viva ao CDS! Viva a Portugal!