Os jovens médicos portugueses, mão-de-força para o futuro da medicina prestigiada e de prestação de cuidados, e de educação e comunicação em saúde – com e para os portugueses, doentes ou não – estão cansados de gincana. Já ninguém leva a sério quando nos entram casa adentro para falar sobre um sistema de saúde, obsoleto e financeiramente derrapante. Quase parece manteiga. Por isso é aos jovens médicos, o futuro do SNS que apelo ao voto em massa, por uma ética e profissionalização e respeito pela sua formação neste novo ato eleitoral.
Olhar para a formação médica de nacionais e portugueses e médicos dos países lusófonos também PALOP, que mostrarão a diferença num mais inclusivo. Apoiando a capacitação e as competências em mais e melhores tecnologias de informação e comunicação. Um exemplo do que falha. Alguns médicos apagaram as suas credenciais para votar na 1º volta do processo. A comunicação está a falhar. É preciso que se informe mais e melhor, que as tecnologias sejam mais eficientes.
Recentemente num fórum que a faculdade de medicina de lisboa realizou, designado Saúde.Com. Este fórum nasceu no âmbito da disciplina baseada na evidência e literacia em saúde e o debate foi pensado por duas referências em Portugal – Passos Coelho e Pita Barros. A abordagem “políticas (de saúde)” e a “economia da saúde”, ambas centradas no SNS. Pita Barros coordenou – em direto – um breve inquérito aos alunos do 4º ano mestrado integrado de medicina que, questionados sobre o que mais valorizam na sua profissão (futura), respondem que as condições/remuneração e a família.
Ora o que a liderança da nova Ordem que se avizinha pode oferecer aos jovens médicos, que devem garantir mais humanização e melhor literacia? Afirmar e unir: Comunicar, Mobilizar e empoderar a classe destes profissionais, no sentido da melhor prestação de cuidados de saúde aos portugueses e cidadãos residentes e utilizadores do SNS. Somos um país inclusivo. Devemos por isso adaptar dois mundos: o legado – positivo – do bastonário cessante, esquecer o modelo ultrapassado, e o futuro, que se quer revolucionar pacificamente. Para isso, deve o novo Bastonário – que se conduz eticamente – na união de médicos, mobilizando com informação simples e acessível aos diferentes grupos (alguns médicos muito vulneráveis) e capacitar com medidas específicas adaptadas e baseadas na melhor evidência científica disponível.
A Nova Ordem dos Médicos (NOM) deve focar-se em unir duas gerações divididas: novos e velhos médicos, estabelecendo uma comunicação mais célere e eficiente dentro da OM. Desburocratizar e ajudar o SNS a prestar os melhores cuidados aos doentes pelos melhores profissionais médicos e defender as melhores condições para eles. Não acreditamos em jovens médicos – que desesperam em estudo incessante para o resto da sua vida – e que vivem com 1300 euros. Além daquele ponto, destaco que a população está envelhecida, a natalidade não aumenta e liderança (má dos agentes) sem mensagens-chave, têm revelado quão desajustadas se encontram as instituições às necessidades do Sistema de Saúde (SS). Razão inequívoca que leva o diretor executivo do SNS – médico e gestor – a juntar num laço sólido faculdade e hospital numa espécie de acordo de regime com forças políticas num bloco. A saúde não deve ser politizada como tem sido. Não devem os candidatos prometer acordos paralelos a forças sindicais, para ter a garantia de voto. As pessoas são o mais importante e já não podem ser esquecidas. É por elas – crianças, velhos e novos que os jovens médicos investem – de Angola a Cabo Verde, de Guiné Bissau a Moçambique e de São Tomé e Príncipe a Brasil e Timor a Portugal, anos da sua vida de ouro. E a NOM não pode nem, deve viver em desOrdem, criando grupos de interesses e partidarites. Dever e A Ver: Deve lançar as senhas password atualizadas (ou reenviar) de modo a que os médicos votem, reduzindo a abstenção de 67% que pouco dignifica o estado de arte. Aqui.
A ver: Os grupos de pessoas vulneráveis aumentam. A ver se esta classe médica, jovem – enquanto sociedade, consegue defendê-las. Mas precisamos também que esta NOM se foque no arco-íris da humanização, e não no preto e branco – ou branco e preto – autor deste abandono.
A NOM: A intolerância, a falta de humildade, tocando a arrogância, o sentido de não-ajuda, ou qualquer tipo instrumento de vitimização é inaceitável. Por isso, espera-se para a NOM: com Afirmação para a profissão médica que deve voltar a ser valorizada e reconhecida. O seu mais elevado desígnio e nobre missão: assistir e tratar os doentes pelas gerações dos novos médicos que iniciam a carreira; pluralismo num programa que pode e deve guiar no próximo triénio envolvendo todos numa democracia participada. Proximidade e união. Proximidade que garanta, de forma permanente, um médico em cada unidade de saúde, com ligação direta ao Bastonário da Ordem dos Médicos – BOM, de forma a agilizar a perfeita comunicação e atuação NOM nos problemas bidirecionais: médicos e cidadãos. Autocuidado: elevar a medicina a ser reconhecida como uma profissão de desgaste rápido, pelo elevado grau de stress e burnout a que os profissionais que trabalham por turnos, fazem trabalho noturno ou escalas de urgência estão sujeitos. A NOM deve estabelecer parcerias científicas sérias pedindo às faculdades o desenho e elaboração de estudos e aos colégios de Especialidade, de forma a definir a idade de reforma justa para um médico. Formação Digital e training trainees: capacitar empoderar no sentido da melhor tecnologia capaz de permitir aos Colégios de Especialidade o desenvolvimento de ações formativas recorrentes e de fácil adesão, permitindo aos médicos enriquecer o seu currículo recorrendo às novas tecnologias de informação e comunicação. Fazer a diferente: afirmando a ciência e unindo a diferença, por Portugal pelos médicos portugueses.
Cientifica Mente: os PALOP, os lusófonos e os portugueses, numa aliança inquebrável, na defesa ética de afirmação e união, pela saúde das pessoas e a valorização da medicina. De Hipócrates à nossa Era, de revolução científica.