O Dr. Pedro Passos Coelho já houvera recebido críticas precoces, e por isso infundadas, só porque se soube que faria uma intervenção pública no âmbito do lançamento de um livro sobre a Identidade e Família. Ficamos com a impressão de que pretendem invisibilizar o homem, o cidadão, o político excecional que é. Discordando-se com o seu posicionamento político, parecem querer dizer os arautos da democracia “não concordo com nada do que diz, por isso cale-se”. É grave este radicalismo, sobretudo vindo de jornalistas que têm um espaço em órgãos de comunicação, jornais e televisão, relevantes.
É o caso do jornalista Daniel Oliveira que publicou no passado dia 17 um artigo de opinião no jornal online Expresso cuja única finalidade é o desconsiderar, acintosamente diga-se, o ex primeiro-ministro Dr. Pedro Passos Coelho. Seria bom que tivesse lido as notícias também do mesmo dia, que vislumbram, na perspetiva do FMI, uma trajetória descendente do nível de endividamento público português, que se iniciou em 2017, exatamente como resultado das políticas de ajustamento e consolidação orçamental constantes no memorando de entendimento com a Troika, levadas à prática com rigor pelo Governo liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho.
Sequestro intelectual e em muitas circunstâncias de semântica, não pode de forma alguma capturar aquilo que os portugueses ditos de direita pensam em relação ao potencial político, isento já de qualquer tipo de prestação de provas ou de contas, por parte do Dr. Pedro Passos coelho. É sem dúvida um excepcional político talvez o que mais impacto deixa nos portugueses por ora, incomparável na forma como assume as suas posições, e se duvidas subsistem basta ter em conta o estrondo político das suas intervenções, mexendo com as consciências daqueles que têm uma genuína preocupação com o futuro do país, preservando sempre os valores que consubstanciam os direitos, liberdade e garantias, plasmados na nossa Constituição. Com as suas intervenções, felizmente emerge no país um renovado interesse pela “morna” vida política, sem dúvida.
Não saio em defesa do ex primeiro-ministro e líder do PSD, porque não precisa, porquanto a apreciação das suas intervenções, escassas até, do meu ponto de vista, mais à frente explicarei porquê, são sempre de inquestionável assertividade e interesse publico, politicamente dissecadas por todo o espectro político, merecedoras de detalhado, atento e vasto escrutínio, particularmente pelos meios de comunicação ávidos, de notícias que prendam de facto, a atenção dos leitores.
A pessoa em causa, o ex primeiro-ministro e presidente do PSD, sempre que se manifesta, contribui sem dúvida para uma reflexão exaustiva de temas de interesse para o país, analisando-se palavra a palavra os discursos que vai proferindo. Ora bem para quem é desprovido de qualquer relevância política, e aparece no balanço da opinião pública portuguesa como um activo tóxico, como pretende dizer no texto o senhor Jornalista, parece-me uma insanável contradição e de pertinente incoerência intelectual, porquanto não se fala de outra coisa nos últimos dias se não das intervenções que vai fazendo, a espaços, reitero.
O Dr. Pedro Passos Coelho, por mais que se queira apoucar, tem sim impacto nos portugueses, que não ficam indiferentes às suas oportunas intervenções, focadas em temas desde sempre caros aos Portugueses, como por exemplo a Família, a defesa do valor intransigente da vida humana ou outros.
Perante tal realidade, várias são as perspetivas de análise que se podem fazer quanto à postura do ex primeiro-ministro e presidente do PSD, todas merecedoras de respeito, muito embora passíveis de legítima discordância. É o caso do artigo publicado pelo Senhor Jornalista/analista/comentador do jornal Expresso, Daniel de Oliveira, de tal maneira tendenciosa, eivada de uma natureza de total desencanto pessoal com o visado.
Sabemos todos que não nutre nenhuma simpatia política pelo carismático Dr. Pedro Passos Coelho, por demais evidente e conhecida. Por mera conveniência diz agora que o Dr. Paulo Portas sim, foi e é o defensor da Pátria, o único com consciência, que defendeu os interesses do País perante os membros da Troika, aquando do resgate. Pelo bem possível, feito, pela coragem demonstrada, enquanto primeiro-ministro numa circunstância por todos considerada especifica e difícil, é de louvar a sua postura de estadista. O Dr. Pedro Passos Coelho não tem nenhum espaço de intervenção publica, como outros têm, ou terão em breve, que de forma subtil vão fazendo política, dando assim a conhecer as suas posições relativamente a matérias actuais que hoje assolam o mundo e o país, e se perfilam como putativos candidatos a Presidente da Républica.
Respeito o desconforto para alguns causado pelas últimas intervenções feitas pelo visado, que podemos considerar oportunas ou não, mas só a ele cabe escolher o momento a forma e a substância das suas intervenções. Pensa pela sua própria cabeça, como sempre. É preciso entender as origens políticas do jornalista em apreço para entendermos a incompreensível contundência, despropositada, usada na análise feita,subjetiva como não poderia deixar de ser.
Ninguém tem dúvidas que Luís Montenegro está a fazer o seu próprio caminho, e é assim que deve ser, porquanto a formação de um Governo e a sua liderança, cabe exclusivamente ao primeiro-ministro, concordando-se ou não com a sua composição, temos de o aceitar, e esperar o melhor desempenho possível, a bem do país.
Portugal foi uma excepção positiva
O Dr. Pedro Passos Coelho defendeu com vigor, de forma responsável o país, durante a intervenção da Troika, constituída pelo FMI, BCE e Comissão Europeia, que aqui se manteve até 17 de maio de 2014, com um plano de assistência técnica proposto às autoridades portuguesas com vista à implementação das reformas estruturais na área das finanças públicas, tendo em conta os compromissos assumidos por Portugal pelo Governo do PS, que foi quem formalizou e acionou o pedido de ajuda externa, com a anuência por exemplo, sem alternativa, do próprio PSD, e também o BdP.
Relembro que um estudo de índole académico, publicado na New Political Economy, feito então por uma espanhola e por uma grega, Sofia A. Perez e Manos Matsaganis, concluiu que Portugal foi uma excepção positiva, na medida em que, por exemplo, foi o país do sul da Europa, em que após a intervenção, se verificou menos desigualdade social. Portugal conseguiu tal feito por via do aumento das exportações, ou seja, em Portugal, recorde-se, o choque negativo para a procura interna foi então mitigado por um aumento considerável nas exportações, como o próprio estudo revela.
Portugal até à então crise era um país cuja desigualdade social se fazia sentir de forma mais acentuada, tendo sido, dos países, da periferia do sul da Europa obrigados à inevitável consolidação orçamental, aquele que conseguiu com mais equidade social implementar as exigências constantes do memorando da Troika, protegendo assim simultaneamente os cidadãos mais vulneráveis da sociedade. O estudo também realçou que mesmo quando as medidas de contenção orçamental foram concebidas para reduzir a desigualdade, os efeitos macroeconómicos considerados de segunda ordem acabaram por acentuar a desigualdade noutros países alvo de resgate, exceto em Portugal.
Não obstante, termos a noção de que o caminho percorrido durante a intervenção da Troika, foi de facto exigente, no mínimo é intelectualmente desonesto, jornalisticamente escamotear este facto positivo, tendo em conta as circunstancias desfavoráveis então vigentes, conseguido pelo então Governo liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho, procurando a ferros, hoje, mitigar a sua importância política junto dos portugueses, que estou certo o percecionam como uma verdadeira e credível alternativa política em vários cenários consideráveis, como se afere aliás no estremecer das consciências por cada intervenção pública que vai fazendo, como já referido.
Se temos a esperança firme de resultados auspiciosos como aqueles que o FMI espera relativamente à trajetória da nossa dívida pública, a raiz encontramo-la não só, mas também, no bem sucedido Governo liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho, naqueles fatídicos anos de resgate, atente-se por exemplo à situação de outros países igualmente sujeitos a um resgate.