É publico que o ídolo de Jorge Nuno Pinto da Costa é o General Humberto Delgado.  Admira-lhe o dinamismo, a coragem, a determinação, a defesa tenaz dos seus ideais. O General “sem medo” marchou ao lado do povo contra a opressão, o obscurantismo. Dedicou a vida aos seus ideais e perdeu a vida por eles.

O meu líder é Jorge Nuno Pinto de Costa. Nasci no Antigo Regime e estive 19 anos nas trevas, à espera de um título. Apaixonei-me por um Clube “da terra”, de uma segunda cidade. Os loucos chamavam-lhe triste. Com carinho ou desdém, falavam dos “andrades”, os tripeiros, que ate tinham uma pronúncia engraçada e trocavam os “v”s  pelos “b”s. O Porto, aos olhos de Lisboa e do Mundo, era um Clube regional, de província, até com graça.

Jorge Nuno chegou, viu e venceu. Transformou um Clube falido num clube vencedor. O clube de bairro, de “parolos”, passou a ser o maior Clube nacional, o campeão de títulos, nacionais e internacionais. Desafiou o poder instalado, lutou contra centralismo e ganhou. Lisboa, o Terreiro do Paço e os vários poderes instalados começaram a tremer.

O pequeno Clube da cidade, é hoje o Clube com mais títulos internacionais em Portugal. Os dois rivais da capital, outrora os únicos com relevo nacional e hoje como ontem, protegidos pelo regime, unem-se contra “o terceiro”, que os ultrapassou. O Futebol Clube do Porto tem mais dimensão europeia e mundial do que os emblemas de Lisboa. Jorge Nuno torna-se o Presidente mais titulado no Mundo.

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50 anos depois do 25 de Abril, o centralismo continua vivo e a cada vez mais forte. Portugal continua a ser Lisboa e o resto é paisagem. Jorge Nuno Pinto da Costa é a bandeira do Futebol Clube do Porto, da cidade, da Região e de todo o Norte. Não é só futebol; é uma Região, é uma filosofia, é um modo de estar. Por isso “o Porto é uma Nação”.

Para Pinto da Costa, desistir é impossível. Para o Presidente, só perde quem desiste. Para Jorge Nuno, não há batalha mais amargamente perdida, do que aquela em que não se lutou.

Depois de Abril, Pinto da Costa é o homem mais odiado – sim, odiado! – por “Lisboa”, pelo centralismo e pelos nossos adversários. Isto não é só futebol. Ele representa a coragem, a insubmissão, a coerência de valores: ele representa uma Região. Como dizia Garret, “Se nessa cidade há muito quem troque o B pelo V, há muito pouco quem troque a honra pela infâmia e a liberdade pela servidão”.

O ídolo do Presidente – sim, nós só temos um Presidente — é o General Humberto Delgado. Ele morreu pela Liberdade. O meu herói é Jorge Nuno Pinto da Costa, o meu líder, o meu General. Ele deu a vida pelo Futebol Clube do Porto e ainda temos muito para ganhar!