Mário Machado, o líder de extrema-direita que está a cumprir dez anos de cadeia, anunciou esta segunda-feira o seu afastamento do movimento nacionalista Portugal Hammerskin (PHS), que considera “um caso de polícia”. O anúncio foi feito através da sua página do facebook, onde denuncia os nomes e os crimes alegadamente praticados por vários elementos daquele grupo.

Preso na cadeia de Alcoentre e quase a terminar o curso de Direito, Mário Machado justifica que nos três anos que cumpriu pena na cadeia de alta segurança Monsanto – entre 2010 e 2013 -, e que os seus contactos se resumiram à família mais próxima, a “maioria dos elementos da PHS” dedicaram-se a crimes vários, como tráfico de droga, roubo e extorsão.  Revela ainda que, neste momento, só persistem dez membros na organização e que apenas quatro não estarão ligados a crimes. De seguida, denuncia os nomes e os alegados crimes em causa.

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Uma das cartas que Mário Machado recebeu na prisão e que denuncia crimes praticados por membros da PHS

“Poderia, em liberdade, começar uma limpeza no grupo e expulsar estes criminosos travestidos de nacionalistas”, acusa, “mas seria um retrocesso que confirmaria o meu fracasso pessoal em manter-me longe de qualquer tipo de criminalidade”, revela Mário Machado, que cumpre pena por quatro processos diferentes e por crimes vários: discriminação racial, coação agravada, posse de armas, agressão e, ainda, ameaça e coação a uma magistrada do Ministério Público.

Mário Machado criou a PHS em 2005, depois de reuniões com vários nacionalistas europeus. O neonazi já anunciou que quer criar um partido político.

 

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