José Sócrates sempre foi contra as primárias, mas considera que com a escolha de Jorge Coelho para presidente da comissão eleitoral deste processo, é uma evolução “positiva”. Desta escolha o socialista espera que saia uma “liderança política capaz e competente” e acima de tudo “corajosa” – referindo-se muito possivelmente a António Costa, candidato que apoia. O que preocupa o ex-primeiro-ministro são as “fraudes” e o “caciquismo” na inscrição dos simpatizantes.
Para vencer as primárias, Sócrates já tem um favorito há algum tempo: “Acho António Costa um político mais qualificado e experiente para liderar o PS”. E deixou ainda no seu espaço semanal de comentário da RTP1 algumas farpas a Seguro. “Representar o PS, significa representar toda a sua história, é estar muito mais acima. Tem de se olhar para o futuro” sublinhou o antigo governante, acrescentando que “o silêncio do PS” sobre os seus mandatos fez crescer “a patranha da direita”.
“O silêncio do PS levou a que a narrativa da direita passasse sem contraposição” afirmou José Sócrates
“Espero que seja visível neste processo que a inscrições de simpatizantes se dá através de uma motivação genuína de participação cívica de querer intervir e não de caciquismo” avisou Sócrates, afirmando que o debate dentro do PS “pode correr bem” ao aprtido e assim “oferecer solução para o país”.
José Sócrates disse ainda que ficou “surpreendido” com os problemas do BES e que não tem gostado de ver o seu nome e o do anterior governador do Banco de Portugal – Vítor Constâncio -, a serem tratados como “terroristas”, afirmando que Jardim Gonçalves tem feito “acusações levianas”.