José Sócrates poderá ter pagado três milhões de euros por uma casa em Paris, onde viveu depois de abandonar o cargo de primeiro-ministro. E o Ministério Público quer saber de onde veio esse dinheiro, avança hoje o jornal Correio da Manhã.

De acordo com aquele diário, os inspetores tributários que trabalham com o procurador Rosário Teixeira, e que têm investigado o processo Monte Branco, querem saber se a casa na capital francesa onde viveu foi, de facto, comprada e de onde veio o dinheiro para a comprar.

O nome de José Sócrates foi esta semana referido pela revista Sábado e imediatamente desmentido pelo Ministério Público como suspeito.

Segundo a Sábado, as suspeitas que recaem sobre o antigo primeiro-ministro surgiram na sequência da operação Monte Branco, em que é visado o seu primo José Paulo Bernardo Pinto de Sousa e terão originado uma investigação autónoma. Os visados nesta investigação são José Sócrates, o primo e Carlos Manuel Santos Silva, um administrador do Grupo Lena que é amigo do ex-líder do PS e foi o comprador de três casas à mãe deste por cerca de 700 mil euros.

A investigação a José Sócrates começou após serem detetados movimentos de vários milhões de euros feitos pelo primo José Paulo através da rede de lavagem de dinheiro atribuída a Francisco Canas – conhecido por ‘Zé das Medalhas’ e um dos principais arguidos no caso Monte Branco.

O ex-primeiro-ministro esteve em Paris durante um ano. Em declarações ao Expresso (link não disponível), Sócrates afirmou que a mãe tem uma grande fortuna e que pediu um empréstimo de 120 mil euros para viver em Paris. Sócrates considera as últimas notícias sobre si completamente difamatórias.

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