Diz que ficou estupefacto perante uma “operação de canalhice”. José Sócrates não demorou muito a responder à notícia da revista Sábado que o associava ao caso Monte Branco. No Telejornal, da RTP, o ex-primeiro-ministro falou numa campanha de difamação: “A minha reação é de estupefação. O caso é suficientemente grave para que os portugueses percebam como se montam as campanhas de difamação. É uma verdadeira canalhice, porque se trata de inventar uma notícia para colocar nos jornais, para logo depois ser desmentida pelo Ministério Público”, começou por dizer o político.

E continuou: “Esta ideia de que posso ser suspeito no caso Monte Branco é absolutamente absurda. Eu não tenho conta no estrangeiro, não tenho capitais para movimentar. Eu tenho a mesma conta bancária há mais de 25 anos. Não tenho poupanças”, garantiu.

José Sócrates mencionou ainda o empréstimo contraído aquando da sua mudança para Paris para o que chamou “ano sabático”. O ex-primeiro ministro disse que esta notícia tem uma “motivação criminal” e que se fosse verdade, a acusação, “seria injusta”. O discurso foi sempre muito repetido, tocando sempre nos mesmos pontos — “não tenho contas no estrangeiro, não tenho capitais” –, garantindo não conhecer quem “costuma ser referenciado” no processo.

Quanto ao alegado envolvimento de um primo, o ex-primeiro ministro foi perentório: “A minha família não faz tráfico de capitais, nem movimenta largas somas, como o caso Monte Branco referencia.”

Sócrates lamentou ainda que se queira “apenas meter um socialista nesta história” e afirmou que irá processar a Sábado, revista que pertence ao Grupo Cofina, o mesmo do Correio da Manhã, que o político já processou anteriormente.

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