O primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, considerou esta sexta-feira ser “uma má notícia” para a Guiné-Bissau caso se confirme a presença do vírus Ébola no Senegal, que salientou ainda não ter chegado ao país.

Falando na habitual conferência de imprensa semanal para fazer o ponto das ações do Governo, Domingos Simões Pereira, questionado pela agência Lusa, disse desconhecer a notícia que dá conta de que um caso de infeção com o vírus Ébola foi confirmado pelas autoridades senegalesas.

“Se se confirmar essa informação seria realmente uma má noticia para o nosso país”, afirmou o primeiro-ministro guineense, reforçando o apelo às ações de prevenção na Guiné-Bissau, onde, reafirmou, a doença ainda não chegou.

“Somos protegidos por uma bênção que temos que fazer por merecer”, disse Simões Pereira, ao anunciar que o Presidente guineense, José Mário Vaz, vai presidir no sábado à abertura da campanha nacional de limpeza e desinfeção lançada pelo Governo.

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Todos os membros do Governo, titulares de órgãos públicos vão estar no sábado em diferentes localidades do país, em Bissau e no interior, para levar a cabo a campanha de limpeza e desinfeção, notou ainda Simões Pereira.

O Presidente José Mário Vaz vai abrir a campanha no mercado do Bandim (maior centro comercial do país), em Bissau, o líder do Parlamento, Cipriano Cassamá, em Bafatá (leste), o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá, no sul e o primeiro-ministro, Simões Pereira, na zona norte.

Ministros e secretários de Estado também foram distribuídos para várias localidades.

Ao enaltecer a importância da campanha, Domingos Simões Pereira, disse que “é das várias ações” que o país pode fazer para enfrentar o vírus do Ebola e outras doenças.

“A pobreza é algo que nós não podemos controlar, a limpeza sim”, observou o primeiro-ministro, lembrando que a Guiné-Bissau no passado foi considerada o país mais limpo da Costa Ocidental de Africa.

Confrontando com o facto de algumas pessoas, oriundas da Guiné-Conacri, se recusarem a vigilância médica, como medida de precaução, Domingos Simões Pereira reprovou este comportamento frisando estar em causa a saúde pública.