O primeiro-ministro garantiu esta tarde que o Presidente da República foi sempre informado sobre a situação do Banco Espírito Santo e que “nenhuma informação relevante foi ocultada ao Presidente”, quer pela informação prestada pelo Governo, quer pelo Banco de Portugal.

Em declarações aos jornalistas, Passos Coelho respondeu às dúvidas lançadas pelo Presidente dizendo que leu as palavras como evidenciando “preocupação” do chefe de Estado com o caso do BES. No entanto, garante o primeiro-ministro, Cavaco Silva estava “a par desta situação até pelo dever de informação que o Governo tem para com o Presidente da República – neste caso através de informação que eu próprio dou -, mas também através de outras entidades”.

E foi aí que revelou que Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, falou com o Presidente da República sobre o caso, a pedido do próprio líder do Executivo:

“Como eu próprio tive ocasião de informar daquilo que era relevante e importante no desenvolvimento deste caso e pelo menos uma vez a meu pedido, o Governador do Banco de Portugal teve a ocasião de informar o Presidente da República sobre esta matéria”.

Mas não se ficou por aqui. Disse Passos que tem “a certeza que o Presidente da República teve plena ocasião para colocar todas as questões que considerava relevantes para aclarar”.

Para finalizar, deu a garantia: “Nenhuma informação relevante foi ocultada ao Presidente da República”.

A resposta de Passos acontece depois do aviso do Presidente da República no fim de semana em que disse que esperava que toda a informação lhe tivesse sido prestada: “O Presidente da República não tem ministérios, não tem serviços de fiscalização ou de investigação. Recebe toda a informação das entidades oficiais e espera que logo que o Governo tenha tido conhecimento de factos relevantes não o deixe de comunicar. No caso que referiu, espero que tenha sido assim. É o que resulta da Constituição”, afirmou.

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