Algumas das mulheres britânicas que fugiram do país para se juntar ao Estado Islâmico na Síria estarão a gerir bordéis nos territórios ocupados pela organização terrorista onde mulheres da minoria yazidi são abusadas por guerrilheiros. Os relatos indicam que as mulheres britânicas ascenderam ao topo da cúpula de poder no Estado Islâmico e organizam-se em patrulhas em várias cidades para fiscalizar a prática da sharia, ou lei islâmica.

O alerta vem do Middle East Media Research Institute (ou Instituto de Pesquisa sobre o Médio Oriente), uma organização sediada em Washington que monitoriza os meios de comunicação locais de modo a acompanhar o desenvolvimento da jihad na região. O jornal Mirror, diz ter tido acesso a um relatório desta organização em que as mulheres britânicas são indicadas como líderes e integrantes da brigada feminina de al-Khanssaa, que vigia a imposição da sharia, especialmente no que diz respeito ao cumprimento das normas pelo sexo feminino.

Estas mulheres terão organizado bordéis na cidade de Raqqah, na Síria, principal reduto do Estado Islâmico, com raparigas da minoria yazidi, raptadas no Iraque. O jornal cita fontes no terreno que dizem que as mulheres britânicas “usam uma interpretação bárbara da fé islâmica para justificar as suas ações” e que acreditam “que os homens podem usar essas mulheres como quiserem porque elas não são muçulmanas”.

https://twitter.com/_UmmWaqqas/status/502902135592603648

Estas mulheres têm-se mostrado cada vez mais na redes sociais, incluindo Twitter, Tumblr, Instagram e ainda alguns blogues com dicas para ajudar outras mulheres de várias nacionalidade a chegarem à Síria e integrarem o Estado Islâmico. À propaganda terão agora aliado a criação de uma milícia feminina que assegura o cumprimento muito próprio da sua interpretação do Corão.

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Uma das mulheres mais destacadas é Aqsa Mahmood (ou Umm Layth como prefere ser chamada agora), uma jovem de 20 anos que nasceu e cresceu em Glasgow no seio de uma família muçulmana. Os pais esperavam que ela fosse médica, recebendo uma educação cuidada em escolas privadas na cidade.

Depois da jovem incitar atos terroristas na sua conta de Twitter – meses depois de ter fugido para a Síria e ter casado com um guerrilheiro – a família veio dizer publicamente que ela os tinha traído, alertando que se Aqsa, “que tinha toda as oportunidade e liberdade na sua vida”, se tornou uma radical, “isto pode acontecer a qualquer família”.

Outro caso que tem chocado o Reino Unido é o das gémeas Salma e Zahra Halane de 16 anos que fugiram para a Síria e entretanto já casaram também com guerrilheiros. As jovens terão seguido um irmão que há um ano tinha deixado a casa dos pais para se juntar ao Estado Islâmico.

https://twitter.com/jafarbritaniya/status/509806984238215168

A mais ativa no Twitter é Zahra Halane, que agora usa o nome Umm Ja’far. Nesta quinta-feira, 11 de setembro, Zahra escreveu que este dia em 2001 foi “o mais feliz da sua vida”. Antes de fugirem para a Síria, as duas jovens, que viviam com a família em Manchester, conseguiram muito boas notas e entraram na universidade, sonhando tornar-se médicas como a irmã mais velha que ganhou uma bolsa de estudo para se formar na Dinamarca. As jovens comportavam-se como qualquer rapariga da sua idade tirando selfies, saindo com as amigas e faziam as duas compras na conhecida loja Primark, escreve o Daily Mail.