Água para ver. Lisboa, ao longo dos séculos, teve sempre uma relação profunda com as suas necessidades de fornecimento de água. A arquitetura e a expansão da cidade que hoje existe são o resultado desta relação. Causa e efeito. O Observador mostra-lhe cinco locais que pode visitar em Lisboa para ficar a saber a história toda.

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Um teto espelhado e design moderno. O Museu da Água é um espaço para percorrer e descobrir o papel que este recurso natural teve no crescimento da capital portuguesa. Os trabalhos para a musealização do acervo da Companhia das Águas de Lisboa (CAL), empresa antecessora da Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), começaram em 1919.

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Ao longo de duas décadas foi recolhido o espólio principal da empresa e, no final dos anos trinta do século XX, foi organizado o primeiro processo de inventariação. É neste edifício que, em 1987, abriu ao público o núcleo principal do Museu da Água, detentor da exposição permanente que estava dedicada à história do abastecimento de água à cidade de Lisboa.

A nova exposição permanente do Museu da Água, inaugurada no passado dia um de outubro, aborda a temática da água nas vertentes da história, da ciência, da tecnologia e da sustentabilidade convidando o visitante a explorar conteúdos como a presença da água no planeta.

Museu da Água – Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos
Exposição permanente do Museu da Água
Rua do Alviela, 12 1170- 012 Lisboa

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Parece que estamos num dos cenários do filme “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin. Uma máquina gigantesca, que ocupa um edifício de três andares. É intimidante. A Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos, inaugurada no dia três de outubro de 1880, foi criada com o intuído de bombear água do aqueduto do Alviela para a cidade de Lisboa. E esteve em funcionamento até 1928.

Atualmente preserva as antigas máquinas a vapor e as suas bombas, testemunhos enriquecedores da arqueologia industrial. Em 2010, o edifício da estação elevatória a vapor foi classificado como conjunto de interesse público.

Museu da Água – Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos
Exposição permanente do Museu da Água
Rua do Alviela, 12 1170- 012 Lisboa

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O Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras é um espaço amplo, luzente e unificado. O interior parece uma igreja de arquitetura barroca. Numa das fachadas interiores, a água das nascentes jorra da boca de um golfinho sobre uma cascata, construída com pedra transportada das nascentes do Aqueduto das Águas Livres. No terraço há uma surpresa: uma vista panorâmica da cidade de Lisboa.

Neste momento, existe mais uma razão para visitar: o reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras acolhe a exposição temporária “A Água no Azulejo Português do Século XVIII”. Os painéis de azulejos alusivos à água, alguns expostos pela primeira vez, pertencem à coleção do Museu Nacional do Azulejo e estarão em exibição até junho de 2015.

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(Vídeo cedido pela EPAL)

Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras
Praça das Amoreiras, 10
1250- 020 Lisboa

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Classificado como Monumento Nacional desde 1910, o Aqueduto das Águas Livres é uma das faces conhecidas de Lisboa. Mas poucos devem saber que a sua construção só foi possível graças a um imposto denominado Real de Água, lançado sobre bens essenciais como o azeite, o vinho e a carne.

No total, o sistema do Aqueduto das Águas Livres, dentro e fora de Lisboa, atingia cerca de 58 quilómetros de extensão em meados do século XIX, tendo as suas águas deixado de ser aproveitadas para consumo humano a partir da década de 60, do século XX. A extraordinária arcaria do vale de Alcântara, numa extensão de 941 metros, é composta por 35 arcos. Durante o terramoto de 1755, grande parte do Aqueduto das Águas Livres resistiu à tragédia.

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(Vídeo cedido pela EPAL)

Museu da Água – Aqueduto das Águas Livres
Encerrado entre 01/12 e 29/02
Calçada da Quintinha, 6
1070- 225 Lisboa

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Se é lisboeta ou mora em Lisboa, é muito provável que já tinha passado pelo Reservatório da Patriarcal sem reparar. Instalado no subsolo do jardim do Príncipe Real, o reservatório foi projetado em 1856, integrado no projeto de abastecimento de água a Lisboa do engenheiro francês Louis-Charles Mary. Também deste local pode-se partir à descoberta da galeria do Loreto. Quando reparar, está a sair no miradouro de S. Pedro de Alcântara.

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Museu da Água – Reservatório da Patriarcal e Galeria do Loreto
Jardim do Príncipe Real
1250- 184 Lisboa