Os Serviços Prisionais decidiram seguir a decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal e rejeitar os pedidos de entrevista de órgãos de comunicação social ao ex-primeiro-ministro José Sócrates, em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora.

De acordo com a resposta dos Serviços Prisionais, a que a Lusa teve acesso, a direção geral solicitou parecer ao tribunal à ordem do qual Sócrates cumpre prisão preventiva e a decisão foi no sentido de rejeitar tal pedido de entrevista.

Na resposta, o tribunal diz que se opõe a “que se conceda autorização para a realização das entrevistas solicitadas (…) ao arguido José Pinto de Sousa”, sem que na resposta dos serviços prisionais se perceba a justificação.

“Esta direção-geral cumpre a decisão do douto tribunal e nos termos da lei nada mais lhe compete decidir”, lê-se na resposta dos serviços prisionais.

À saída do Estabelecimento Prisional de Évora, onde esta segunda-feira João Araújo visitou o antigo primeiro-ministro, o advogado reagiu à notícia de que Carlos Alexandre não autoriza entrevistas na prisão ao seu cliente. “É ilegal”, disse.

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José Sócrates está detido preventivamente desde 25 de novembro, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.

O advogado do ex-primeiro-ministro decidiu adiar a entrega do recurso, que estava marcada para hoje, contra a prisão preventiva do ex-primeiro-ministro, alegando que necessita de consultar primeiro o seu cliente.

Até esta segunda-feira, deram entrada no Supremo Tribunal de Justiça três pedidos de ‘habeas corpus’, todos à revelia da defesa do antigo primeiro-ministro.

O primeiro pedido de ‘habeas corpus’ foi recusado por falta de fundamento legal, o segundo não chegou a ser admitido para apreciação e o terceiro será decidido na quarta-feira.