Almada, Beja, Coimbra, Estarreja, Lisboa, Sines, Porto, Olhão e Viseu são algumas das cidades que se mobilizam para as celebrações do Dia Mundial do Teatro, a 27 de março, sexta-feira, com homenagens, representações, oficinas e revelação de segredos do palco. A maior parte dos espetáculos são de entrada livre.
É o caso do Teatro Maria Matos, em Lisboa, que apresenta o espetáculo do ator belga Benjamin Verdonck – “notallwhowanderarelost” (“nem todos andam perdidos”, em tradução livre) -, que revela “os truques e engrenagens que um palco esconde”. O mesmo princípio domina a mostra de “ilustrações do ‘atividário’ de teatro”, com ilustrações de André Letria e textos de Ricardo Henriques, patente nas paredes desta sala lisboeta. A entrada é gratuita.
No Teatro Nacional D. Maria II, além da homenagem a João Villaret, a partir das 18h00, pela Comuna – Teatro de Pesquisa, e do lançamento da biografia “João Villaret 1913-1961 – Duas mãos que abertas deram tudo”, continua a representação de “Pirandello”, às 21h00, a partir do escritor italiano, numa coprodução com a Mala Voadora. A entrada é livre, mediante o levantamento de bilhetes a partir das 14h00 do próprio dia. Costumam esgotar rapidamente.
O Chapitô, também na capital, abre as portas para “Édipo”, releitura da tragédia de Sófocles, que estará em cena até 19 de abril. A sala da Costa do Castelo mobiliza ainda os atores Filomena Cautela e Ricardo Pereira para a leitura de uma mensagem alusiva à data, a partir das 22h00, com entrada gratuita.
No Bairro Alto, o Teatro do Bairro exibe “A baleia branca – Uma ideia de Deus”, documentário de João Botelho sobre os ensaios da peça de teatro “Moby Dick”, encenada por António Pires em 2007, na sexta-feira à noite. A seguir, o ator Cláudio Silva, que protagonizou “O Filme do Desassossego”, de Botelho, cita o poeta Armando, improviso em formato café-teatro, na primeira de uma série de sessões que vão dar origem a um espetáculo de António Pires. O acesso é livre.
Entrar como espectador , sair como artista , é a proposta do Teatro da Trindade para sexta-feira e sábado. Entre as 15h00 e as 19h00, da plateia ao palco, passando pelos bastidores, as iniciativas de entrada livre “4 X T – Todo o Teatro e o Teatro Todo” são diversas e desvendam aos visitantes os segredos e mistérios próprios da arte teatral. O programa 4 XT inclui visita ao teatro, viagem pelo teatro ao ritmo de um mito hindu e um desafio muito particular a cada participante: pisar o palco da centenária sala.
Ao longo do Dia Mundial do Teatro, a Avenida de Liberdade, em Lisboa, recorda os anos da “Revista no Parque”, ali ao lado, com a exposição de cenários, figurinos, programas e curiosidades vindas dos quatro teatros do Parque Mayer: Maria Vitória, Variedades, Capitólio e ABC. As 140 ruas da freguesia de Santo António vão mudar de nome durante a sexta-feira, “para nomes de gentes ligadas ao teatro, convidando-se também o público a descobrir os artistas do passado e do presente desta nobre arte, tão portuguesa”.
Em Almada, o Teatro Municipal Joaquim Benite apresenta o livro “Luís Miguel Cintra: Cinco conversas em Almada”, com a presença do fundador da Cornucópia, e oferece dois espetáculos gratuitos: “Mana solta a gata”, a partir de Adília Lopes, com encenação de António Pires, e “Nossa Senhora da Açoteia”, de Luís Campião, encenado por Luís Vicente.
No Porto, o Teatro Nacional São João não dá borlas, mas alarga a data a toda a semana, com visitas ao edifício, oficinas de arte teatral e a representação das peças em cartaz: “O Fim das Possibilidades”, de Jean-Pierre Sarrazac, encenada por Fernando Mora Ramos e Nuno Carinhas, no São João, “O que é que o pai não te contou da guerra?”, de Fernando Giestas, por Rogério de Carvalho, no Carlos Alberto, e “Nove’s Fora”, sob a direção de Vasco Gomes, no Mosteiro de São Bento da Vitória.
No Rivoli, o Teatro Experimental do Porto estreia a peça “Casa Vaga”, um espetáculo a não perder, às 21h30, com bilhetes a 7,50. Mais cedo, às 18h30, tem lugar uma conferência-performance que percorrerá os mais de 60 anos de História da companhia. Esta com entrada gratuita.
O Teatro Art’Imagem, também no Porto, apresenta o espetáculo “O vosso pior pesadelo”, de Manuel Jorge Marmelo. A entrada é livre.
Na Póvoa de Varzim, o Cine-Teatro Garrett abre as portas a uma das personagens mais míticas dos palcos: D. Quixote. A peça “D. Quixote” pelo Varazim Teatro é apresentada na sala de ensaios, em duas sessões, às 10h30 e às 14h30. Mais tarde, às 22h00, na sala principal, pode ser vista a peça “Os Irmãos Machado”. Os bilhetes custam sete euros, sujeitos aos descontos habituais.
Também às 21h30, José Pedro Gomes apresenta “Estamos Todos?”, de Luísa Costa Gomes, com encenação de Adriano Luz, no palco do Cineteatro de Estarreja. Os bilhetes custam 12,50 euros.
A Escola da Noite, em Coimbra, apresenta, no Teatro da Cerca de São Bernardo, “Novas diretrizes em tempos de Paz”, de Bosco Brasil, sob direção de António Augusto Barros, às 21h30.
O Trigo Limpo teatro ACERT estreia em Tondela “Don juan – – Que no pare el Mambo!”, um espetáculo que parte de um texto clássico de Molière para questionar os modos como nos relacionamos com o amor em diferentes etapas da vida. A entrada é gratuita.
No auditório do Centro de Artes de Sines, quem quiser pode assistir à apresentação da peça “WAHIDA – Coração Costurado”, pelo Teatro do Mar, às 22h00. A entrada é livre, mediante marcação prévia.
O FITA – Festival Internacional de Teatro do Alentejo termina este sábado em Évora, depois de vários dias dedicados aos espetáculos. Mas na sexta-feira, Dia Mundial do Teatro, também é possível ver “Monstros S.A.”, às 22h00, no Teatro Pax Julia, em Beja.
No Auditório Municipal de Olhão há para ver “Zé e Janaica”, na peça “Mê menine, e a tu Mãe?”, do grupo A Gorda.