Jaime Gama exclui qualquer candidatura presidencial e o assunto não lhe merece qualquer reflexão aprofundada. A decisão de sair da vida política, tomada e anunciada em 2011, é para valer, confirmou o Observador junto de fonte próxima do ex-presidente da Assembleia da República.

Há quatro anos, Gama despediu-se do Parlamento dizendo que “toda a vida política tem de chegar a um fim” e que, para ele, esse fim era agora. Ao despedir-se dos líderes parlamentares, acrescentou na altura que não tinha “uma segunda agenda” e que quando disse que ia deixar a vida política ativa era “deixar mesmo”. São essas palavras que ainda são válidas hoje.

Em 2012, quando foi homenageado com a atribuição do seu nome a uma rua na freguesia de Fajã de Baixo nos Açores, a sua terra natal, Gama disse que já tinha cumprido “o que tinha a cumprir com o país”. “Quando anunciei publicamente que tinha terminado o meu tempo como deputado, estava a falar a sério”, disse, acrescentando que queria tempo para “pensar, refletir e ter uma vida distendida em relação à fruição de coisas simples” e “ser motorista dos netos”.

O nome de Gama voltou ao debate político porque têm-se sucedido os apelos de socialistas para que seja candidato presidencial, de Francisco Assis a Sérgio Sousa Pinto ou Miranda Calha.

Esta quinta-feira, o ex-secretário de Estado de Sócrates, Ascenso Simões, dispara em sentido inverso. “Tenho para mim que Gama seria um bom Presidente mas é um péssimo candidato. E entre uma coisa e outra há um enorme oceano. (…) Num sufrágio universal Gama nunca será Presidente”, diz, indicando três razões. Gama é ainda presidente de um banco do grupo GES, o BES Açores, não tem vontade em ser candidato e “não é um homem de hoje”, sustenta.

 

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