The endfinfine. A última sessão dos cinemas Fonte Nova, na freguesia lisboeta de Benfica, já tem data marcada: 21 de maio. É nesse dia que termina o contrato que, até aqui, unia a administração do centro comercial com o mesmo nome à Medeia Filmes, responsável pela exploração das três salas nos últimos 20 anos.

O futuro do espaço que as salas ocupam no centro comercial ainda é incerto. Ao Observador, uma responsável da administração do centro preferiu não fazer comentários para já, remetendo para mais tarde um anúncio do que vai ali existir. Já Paulo Branco, da Medeia, desconfia que os projetores não venham a ser mais ligados no Fonte Nova. “Querem aproveitar aquele espaço para outras valências”, diz o programador, explicando que não houve conflito entre as partes na tomada desta decisão.

“As frequências [de espectadores] já eram muito reduzidas”, afirma Paulo Branco, para quem “já nem se justificava a existência daquelas salas ali”, sobretudo porque a não muita distância se situa o centro comercial Colombo, também com exibição cinematográfica, em nove salas comerciais e modernas. É lá, aliás, que se situa uma das duas únicas salas com tecnologia Imax do país.

A Medeia Filmes explora as três salas do cinema Fonte Nova desde 1995, quando o centro comercial estava a completar dez anos de existência. Apesar de ser um espaço frequentado da freguesia de Benfica, o Fonte Nova ressentiu-se com a inauguração do Colombo, e o cinema foi-se tornando cada vez mais frequentado por cinéfilos em busca de uma programação alternativa e periférica.

“Sempre mantivemos as salas para não prejudicar o centro comercial”, admite Paulo Branco, cuja exibidora fica agora com apenas dois espaços em Lisboa: o Monumental, com programação regular, e o Espaço Nimas, mais vocacionado para ciclos temáticos. O cinema King, também da Medeia, encerrou em novembro de 2013. Os quatro funcionários do Fonte Nova vão ser transferidos para as outras duas salas.

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