Representantes de 17 países e de organizações internacionais iniciaram hoje em Banguecoque uma reunião para abordar a crise de refugiados no sudeste asiático, enquanto milhares de pessoas continuam bloqueadas em barcos à deriva no golfo de Bengala.

A reunião foi convocada pela Tailândia, que no início do mês, após a descoberta de valas clandestinas em acampamentos de imigrantes no sul do país, iniciou uma campanha contra o tráfico humano na origem da crise.

Na sequência da operação tailandesa, que levou à detenção de 46 pessoas, milhares de emigrantes do Bangladesh e da minoria muçulmana rohingya — perseguida na Birmânia –, foram abandonados pelos traficantes em alto mar.

Cerca de 3.000 pessoas conseguiram chegar à Indonésia e Malásia, o destino preferido da maior parte, apesar de as marinhas destes países terem tentado impedir a entrada dos barcos com imigrantes até à semana passada, altura em que ambos os governos aceitaram acolher os refugiados.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) calculam que atualmente permaneçam no mar cerca de 2.600 emigrantes do Bangladesh e da minoria étnica rohingya.

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