O vice-primeiro-ministro e líder do CDS-PP desafiou esta segunda-feira, em Torres Novas, o secretário-geral do PS, António Costa, a, se tem alguma coisa para lhe dizer, o fazer num frente a frente ou num debate a dois.
“Criticar-me e depois não querer discutir comigo isso é que já parece um bocadinho ‘toca e foge’”, afirmou.
Paulo Portas, que esta segunda-feira assistiu à apresentação do plano de investimentos da Renova, em Torres Novas, respondia à afirmação de António Costa, de que, ao querer levar os líderes do PSD e do CDS-PP ao debate televisivo agendado para 22 de setembro, a coligação estaria a querer um jogo em que uma equipa “joga com 11 jogadores e a outra joga com 22”.
“O doutor Portas desistiu de concorrer sozinho e a direita entendeu que precisava de fazer uma frente a unir toda a direita para tentar travar a vitória do Partido Socialista. Agora queriam dois em um”, afirmou Costa, no sábado, em Lagos.
“Se o doutro António Costa tiver alguma coisa para me dizer, pode dizê-lo num frente a frente, num debate a dois, como um democrata, democraticamente. Criticar-me e depois não querer discutir comigo isso é que já me parece um bocadinho ‘toca e foge’”, disse Paulo Portas.
Questionado sobre as contas do programa eleitoral da coligação Portugal à Frente, Portas reafirmou que elas estão no programa de estabilidade, escusando-se a fazer comentários “de natureza mais partidária”, por estar numa visita como vice-primeiro-ministro, dando início a uma semana dedicada a divulgar projetos de investimento em curso no país.
“O facto de haver eleições não determina que a economia fique à espera. Estão a acontecer muitos investimentos, e eles devem ser acarinhados, mostrados, decididos com celeridade, porque é isso que faz a diferença para a confiança dos investidores”, afirmou.