Foi encontrado, pela hora de almoço deste domingo, o corpo da quinta vítima mortal do naufrágio na Figueira da Foz, da passada terça-feira. O pescador foi descoberto no rio Mondego, junto à marina da Figueira da Foz, e suspeita-se que terão sido as movimentações causadas pela saída de quatro cargueiros da barra que acabaram por fazer com o corpo se soltasse do interior do arrastão, onde já tinham sido encontrado outros três corpos nos últimos dias.

As buscas por parte dos mergulhadores no arrastão estavam interrompidas desde cedo e deveriam ser retomadas pelas 15h00, no pico da maré alta. Isto porque a posição do arrastão naufragado à entrada do porto da Figueira da Foz impossibilitava a entrada dos mergulhadores no barco, disse fonte da Autoridade Marítima. O Olívia Ribau, que naufragou na terça-feira, está completamente invertido e com o casco a bater no fundo do rio por causa da ondulação.

Em declarações aos jornalistas, o porta-voz da Autoridade Marítima, Nuno Leitão, explicou que o arrastão naufragado mudou de posição e que oscila em direção ao fundo do rio, por ação da ondulação, fazendo com que o casco bata na areia. Esse facto impediu a entrada dos mergulhadores, que acedem ao navio entre a areia e o casco, num espaço com cerca de 1,5 metros.

Nuno Leitão explicou que no mergulho da manhã deste domingo registou-se um pequeno incidente, tendo um dos mergulhadores ficado com a barbatana presa entre o casco e a areia, quando o navio oscilou. As buscas foram suspensas por não existirem condições de segurança.

No arrastão Olívia Ribau naufragado na terça-feira passada, cerca das 19h15, à entrada do porto da Figueira da Foz, seguiam sete pescadores. Dois foram resgatados vivos logo na terça-feira e nesse dia foi recuperado um corpo. Nos outros dois dias foram encontrados três corpos dentro da embarcação. O último corpo foi encontrado este domingo.

(Notícia atualizada às 13h15)

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