Um em cada cinco trabalhadores por conta de outrem recebiam, em 2014, o salário mínimo nacional, correspondendo a 19,6% do total dos trabalhadores, mais sete pontos percentuais face ao ano anterior, segundo a base de dados Pordata.

Em 2013, 12% dos trabalhadores encontravam-se nessas condições e em 2001 apenas 4%, revela a Pordata.

O setor do alojamento e restauração é aquele que concentra a maior percentagem de trabalhadores por conta de outrem nestas condições, atingindo os 26%, seguido pelo das indústrias transformadoras, com 24,8%.

Já o setor da eletricidade e gás destaca-se pela positiva e tem apenas 0,1% dos trabalhadores a receberem o salário mínimo nacional, seguindo-se as atividades financeiras e de seguros com 1,6% dos trabalhadores nessa situação.

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A base de dados divulga também que apenas uma em cada duas empresas nascidas em Portugal sobrevive após dois anos de existência, tendo por base dados de 2013.

Desta forma, em 2013, apenas 51% das empresas nascidas em 2011 ainda se encontravam ativas, se bem que este valor mostra uma melhoria face a 2012, quando a percentagem atingia os 48,7%.

No entanto, a capacidade de sobrevivência das sociedades não é tão crítica como a das empresas individuais, mostra a Pordata, sendo que apenas 43,3% destas sobreviveram a dois anos, contra os 78,2% verificados no caso das sociedades.

Após 12 ou 24 meses, a percentagem de empresas individuais ou sociedades que se mantém em atividade é mais elevada situando-se nos 71%. Em 2005, fixava-se nos 77%.

Por outro lado, em 2013 existiam 3,5 milhões de pessoas ao serviço nas empresas, valor que se situa abaixo dos quatro milhões existentes entre 2007 e 2009.

O setor do comércio e reparação de veículos destaca-se como aquele que empregava mais pessoal, com 723.488 pessoas, e tem maior volume de negócios, com cerca de 117 mil milhões de euros.

Nos maiores empregadores, seguem-se os setores da indústria transformadora, da construção e do alojamento, restauração e similares, enquanto em termos de volume de negócios ficou em segundo lugar e “a grande distância” o setor das indústrias transformadoras, com 79 mil milhões de euros.

Entre os setores com menor volume de negócios, destaca-se a educação com 1.400 milhões de euros em 2013.

Os dados da Pordata, hoje divulgados, indicam ainda que 17% da dívida pública teve origem em empresas da administração pública em 2014, com as 313 empresas do setor público ligadas às administrações públicas a somar um endividamento total de cerca de 38 mil milhões de euros.

Apesar de tudo, este valor tem decrescido desde 2010, ano no qual o endividamento das empresas da administração pública representava 19% da dívida pública.