É difícil não lembrar de Demi Moore a fazer flexões no filme G.I Jane – Até ao Limite. Na película de 1997 a atriz surpreende tudo e todos com uma performance que, mesmo editada, ficou-nos gravada na memória. Mas o exercício físico não é só coisa de aparecer no grande (ou pequeno) ecrã e pode mesmo ser implementado na nossa rotina diária.
Foi a pensar nisso que a jornalista Catherine DiBenedetto, do site noticoso Health, se submeteu a um desafio criado por Shaun Zetlin — que além de ser considerado um guru nova-iorquino do fitness, é ainda o autor do livro Push-up Progression publicado em 2015.
DiBenedetto foi convidada a chegar às 50 flexões no espaço de um mês. E o que pareceria ser impossível provou-se um sucesso com transformações felizes para o duo corpo e mente — com uma garantia de braços, pernas, ombros e estômago tonificados, além da sensação de orgulho por um trabalho bem feito.
Semana um
O programa de Zetlin estende-se ao longo de quatro semanas, durante as quais o número de flexões vai aumentando. Nos primeiros dois dias a pessoa é “convidada” a fazer cinco flexões, número que rapidamente é duplicado (para dois dias de exercícios há um de descanso). A primeira semana é considerada um período de aquecimento, onde se trabalha sobretudo a postura, de tal forma que é importante encontrar uma posição neutra da coluna vertebral — ou seja, ombros alinhados com as costas e as nádegas.
Semana dois
É nesta altura que a autora do artigo admite começar a gostar do desafio — à medida que vai superando diferentes etapas, vai ficando “surpreendentemente motivada”. Na segunda semana, o programa propõe a realização de séries de 12 flexões (ao nono e décimo dia) e outras de 15 (ao 12º e 13º dia), com direito a um total de três dias de descanso entre sessões. DiBenedetto explica ainda que é nesta fase que começa a adotar o seguinte esquema: fazer flexões em qualquer lugar, em e qualquer altura e vestida de qualquer maneira. Coisa que, sendo à data mãe de um bebé de 18 meses, por vezes implicava exercitar de pijama colado ao corpo.
Semana três
A terceira semana é quando tudo fica um pouco mais assustador, palavra de Zetlin e teoria confirmada por DiBenedetto. A grande dificuldade foi passar de 15 para 20 flexões, uma situação que exigiu intervalos por parte da autora do artigo — ela acabou por dividir cada sessão em duas séries de exercícios. Sobre isso Zetlin diz que o melhor é conseguir alcançar o número de flexões em mente sem parar — quanto mais tempo os músculos estiveram sob pressão, mais trabalham. Claro que há vantagens em não abrandar mas, em caso de intervalo, o ideal é não ultrapassar um minuto de descanso.
Semana quatro
Com o número de flexões sempre a subir (na quarta semana chega-se às 42 flexões), a autora descobre que a altura do dia é muito importante. Feitas as contas e julgadas as performances, DiBenedetto opta por fazer as flexões pela manhã em vez de as realizar ao fim do dia, altura em que os músculos estão mais cansados. “Reparei que a minha respiração também era fundamental”, acrescenta, escrevendo que se deve inspirar quando se vai abaixo e expirar quando se levanta o corpo do chão. “Focar na minha respiração ajudou-me a distrair do ardor nos braços.”
Os últimos dois dias
Passar de 42 para 50 flexões foi duro, admite a autora, mas nada que não fosse concretizável. “Acabei o desafio com dois conjuntos de 25 flexões, sendo que as últimas envolveram uma quantidade vergonhosa de grunhidos.” Depois do esforço, ficou o sentimento de orgulho e uma postura mais correta, devido à memória muscular.