Milhões de cristãos ortodoxos celebram esta quinta-feira o natal, a mesma efeméride que muitos outros milhões comemoram a 25 de dezembro, mas segundo um calendário diferente.

Na Igreja Ortodoxa celebra-se o Natal, segundo o calendário Juliano, a 07 de janeiro, mas este dia corresponde a 25 de dezembro, segundo o calendário Gregoriano.

A Igreja Ortodoxa nunca aceitou a reforma do calendário feita em 1582 pelo papa Gregório XIII (que Portugal adotou imediatamente) e continuou utilizando o até então calendário Juliano, enquanto o mundo ocidental passou gradualmente a utilizar o calendário Gregoriano.

Apesar da diferença de datas as duas igrejas, a Católica Romana e a Ortodoxa, celebram o nascimento de Cristo e a época é reunião em família e de preferência à volta de uma mesa farta.

A diferença é que no natal Ortodoxo não existe a figura do “pai natal” e as respetivas prendas. A troca de presentes faz-se a 04 de dezembro, dia de S. Nicolau, um santo popular entre os cristãos e conhecido pela generosidade.

Em Portugal celebram esta quinta-feira o Natal os milhares de fiéis provenientes de comunidades de imigrantes, como romenos e ucraniano, nas mesmas igrejas onde se celebrou o “outro” Natal a 25 de dezembro.

Na verdade a Igreja foi única durante mil anos (a separação deu-se em 1054). Além de calendários diferentes, os ortodoxos não reconhecem a autoridade do papa e apenas admitem nas igrejas pinturas de santos. E um sacerdote pode ser casado.

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