Beyoncé salvou o espetáculo no intervalo do Super Bowl, a meio do jogo entre os Broncos e os Panthers, segundo o New York Times. A cantora aproveitou o momento para dar a conhecer uma nova canção “Formation” e também para voltar a afirmar as suas posições políticas em favor da comunidade afroamericana.

Beyoncé e as suas bailarinas subiram ao palco vestidas de couro preto, como forma de homenagem ao movimento Panteras Negras, um grupo político negro dos anos 60. O Partido das Panteras Negras foi um partido radical que se formou em 1966 e permaneceu ativo nos Estados Unidos até 1982. Os Panteras Negras são considerados um dos movimentos civis que mais contribuiu para a defesa dos direitos dos afroamericanos e também para a sua afirmação política.

Para além da roupa, os movimentos das bailarinas formaram um X, uma referência a uma inspiração fundamental para o Partido dos Panteras Negras, o ativista Malcolm X, segundo o Independent.

A performance da cantora afroamericana foi considerada uma atuação de caráter assumidamente político e de apoio ao movimento #BlackLivesMatter. Logo no início, Beyoncé canta: “Podes ser um Bill Gates preto em formação”

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“Quanto mais popular é, mais funciona como artista marginal”, escreve a NewStatesmen sobre a atuação, que a considera o lançamento como o “mais político” da cantora.

Muitos dos 100 milhões de espetadores que assistiram ao espetáculo dos 50 anos do Super Bowl, não deixaram de reparar e aplaudir a atitude da cantora e manifestaram o seu apreço nas redes sociais, em especial no Twitter.

Com a atuação, Beyoncé aproveitou a audiência de milhões de americanos (e não só) para chamar à atenção não só para os direitos dos afroamericanos, mas também para a violência policial que muitos jovens negros têm sido vítimas nos Estados Unidos, como Mario Woods o jovem que foi morto em São Francisco pela polícia.