O alimento mais cancerígeno é a carne processada. A avaliação apresentada pela Agência Internacional para a Investigação em Cancro da Organização Mundial de Saúde revelou que 50 gramas diários destas carnes aumentam em 18% o risco de desenvolver cancro colorretal.

Para explicar o que isto pode querer dizer, o Cancer Research UK dá um exemplo: se entre as pessoas que comem pouca carne há 56 pessoas em cada mil no Reino Unido podem desenvolver cancro colorretal, então entre as pessoas que comem muita carne processada haverá 66 pessoas em cada mil que podem desenvolver este tipo de cancro.

O grande problema deste alimento é a quantidade de nitratos que vem do sal usado para estas carnes. Os nitratos que são transformados em nitritos dentro da nossa boca seguem para o estômago, que converte os nitritos em compostos cancerígenos. O melhor remédio para contrariar este processo é o consumo de produtos ricos em antioxidantes como a vitamina C. Acontece que grande parte das pessoas que consome estas carnes regularmente não tem uma alimentação saudável.

Além da possibilidade de cancro, o consumo destas carnes pode aumentar o risco de se desenvolver diabetes do tipo 2, devido à quantidade de gorduras saturadas, sal e nitratos. Estas são razões mais do que suficientes para começar a cortar este tipo de carnes da sua alimentação habitual.

De qualquer forma os investigadores alertam que não existem alimentos 100% seguros e que a origem do cancro colorretal é multifatorial. A alimentação variada, rica em fibras e pobre em gordura animal, assim como a adoção de um estilo de vida saudável – mantendo uma vida ativa e evitando o consumo de álcool e tabaco –, são elementos chave não só para a prevenção do cancro colorretal, mas também dos restantes tipos de cancro.

Atualizado dia 15 de março de 2016

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