As empresas de transporte rodoviário de mercadorias, reunidas este sábado em Pombal, exigiram a demissão do ministro da Economia e decidiram que o setor vai cumprir 15 dias de luto, a que se seguirá uma marcha lenta em todo o país. No encontro, que decorreu à porta fechada, estiveram representadas cerca de três mil empresas, segundo a organização.

Márcio Lopes, dirigente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), disse aos jornalistas que as empresas transportadoras se sentem “gozadas” pelo Governo, recusando que os camionistas sejam antipatrióticos, apesar de reconhecer que vão continuar a abastecer os camiões de combustível em Espanha.

A associação exigiu a demissão do ministro Manuel Caldeira Cabral, titular da pasta da Economia, que na sexta-feira, em Vila Nova de Famalicão, apelou ao “civismo” da população da fronteira com Espanha, pedindo-lhe para não abastecer combustível naquele país, porque assim está a pagar impostos lá, o que considerou “mau” para as contas públicas portuguesas.

Já Gustavo Duarte, porta-voz da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), disse que “o setor está de luto” e que “os camiões vão circular nos próximos 15 dias com faixas negras penduradas”. Após esse período, o responsável disse que se vai cumprir uma marcha-lenta em todo o país. Questionado sobre se se tratava de uma paralisação, negou-o, mas disse que os camiões irão “andar mais devagar” do que é habitual.

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