Giorgio Armani, designer de moda italiano, anunciou que vai deixar de usar peles verdadeiras nas suas próximas coleções. A decisão foi tomada na sequência da pressão feita por grupos de ativistas na defesa dos direitos dos animais ao longo dos anos.

O criador admitiu que o avanço das tecnologias faz com que o “uso de práticas cruéis para os animais seja desnecessário” e que a decisão espelha as preocupações do grupo em relação às “questões críticas de proteção do ambiente e dos animais”. As declarações foram transmitidas esta terça-feira em comunicado.

O grupo de luxo Armani inclui marcas como a Giorgio Armani, Emporio Armani, AJ Armani Jeans, Armani Prive e Armani Casa, uma linha de produtos de decoração. Todas estas marcas vão deixar de usar peles de animais já a partir da coleção outono/inverno 2016.

Em declarações ao The Guardian, o presidente da Fur Free Alliance diz que a notícia evidencia que “designers e consumidores podem ter liberdade criativa e luxo sem apoiaram a crueldade com os animais”.

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A Humane Society International acredita que esta é “provavelmente a mensagem mais poderosa até agora” contra a crueldade animal e relembra ainda que são cada vez menos as marcas que ainda usam peles de animais. Antes do grupo Armani já outras casas como a Hugo Boss, Calvin Klein, Tommy Hilfiger e Ralph Lauren tinham anunciado que só usavam pelo e pele sintéticos. Já a designer britânica Stella McCartney não usa pelo, pele nem penas de animais, de acordo com a sua filosofia vegetariana.

O Observatório Justiça e Defesa Animal, organização espanhola que integra a Fur Free Alliance, tem vindo a denunciar as práticas das quintas de peles que mantêm os animais em jaulas pequenas e os matam com métodos que não danifiquem as suas peles, acrescentando que para além do mal que é feito aos animais, estas quintas tem um grande impacto ambiental e para a saúde pública, uma vez que usam produtos químicos tóxicos.

A indústria de comercialização de peles valia, em 2013, mais de 3.550.880.000 euros (4 mil milhões de dólares), de acordo com estimativas da Price water house Coopers LLP. Dados da International Fur Federation apontam a China como o país que mais importa peles.

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