A pergunta já terá sido feita por muita gente. Desde David Bowie, Nicolau Breyner, José Boavida, Francisco Nicholson, Lemmy Kilmister, Umberto Magnani, José Fonseca e Costa até Prince e Jim Harrison. Entre músicos, atores e comediantes, já morreram várias celebridades ao longo dos quatro meses de 2016 e o The Guardian terá descoberto uma resposta.

Segundo a análise do jornal, há hoje “mais celebridades para morrer” do que há uns anos. Parece que a “cultura da celebridade” aumentou exponencialmente desde 1950, graças “ao cinema, à televisão e à musica pop”, mas também por causa da internet, que amplifica ainda mais os fenómenos de fama pessoal. Hoje o grupo de pessoas com o título “celebridade” é maior, por isso há mais “celebridades” para morrer. A distinção tornou-se menos exigente e há mais “mortes de celebridades” para reportar.

Outra explicação avançada pelo jornal britânico é a de que as celebridades, como a maioria de nós, vivem cada vez mais anos. Ou seja, há quem se torne celebridade aos 40 ou aos 50 anos e, como ainda terá longos anos pela frente, quando a morte chegar, será notícia. As gerações de celebridades vão ficando “cada vez mais velhas” e vão afirmando cada vez mais o seu estatuto de celebridade. Logo, quando morrerem, sentiremos mais o choque e a falta daquela figura nos ecrãs.

Por último, a explicação da tecnologia: hoje, com as redes sociais, a velocidade da informação é muito maior. Logo, consumir e difundir notícias é mais rápido — e mais intenso. Queremos fazer parte do debate e das lamentações sobre a morte daquela pessoa com hashtags e partilhas no Facebook e Twitter. Por isso, quando uma celebridade morre, a dimensão é exponencial.

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