A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu que a questão da natalidade e do apoio às famílias é “estruturante” para o país, sendo “necessário” haver um “consenso político alargado” para que as medidas sejam “estáveis e certas”.

Segundo Assunção Cristas, estas questões não se resolvem em “meia dúzia de anos”, mas se as medidas forem “consensuais e eficazes” resolvem-se em “décadas”, frisando a necessidade de um “grande debate” no Parlamento para que todos os partidos sejam ouvidos e deem contributos.

Durante um debate no Clube dos Pensadores, na segunda-feira, em Vila Nova de Gaia, a líder centrista avançou que Portugal é o pior país da União Europeia quanto ao índice de fecundidade e o quinto pior a nível mundial.

“Não é uma inevitabilidade a diminuição da natalidade porque houve países que tiveram esses problemas e inverteram essa tendência, tal como a França, por exemplo”, disse.

O problema da natalidade existe, mas não é impossível de solucionar, entendeu.

A dirigente centrista frisou que o partido apresentou 25 medidas, entre projetos de lei e projetos de resolução.

A título de exemplo, Assunção Cristas salientou o aumento do tempo de amamentação e da licença de paternidade de 15 para 30 dias úteis obrigatórios, horários flexíveis, a criação de um portal da família e dia dos irmãos, ampliação dos direitos dos pais aos avós ou criação de um prémio para empresas familiarmente responsáveis.

Na sua opinião, em Portugal as mulheres gostariam de ter mais filhos, mas sentem que não têm condições, daí a importância de medidas de apoio.

Assunção Cristas adiantou que esta semana está previsto um debate na Assembleia da República, agendado pelo CDS, sobre políticas de apoio à família e à natalidade.

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