O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda requereu, com caráter de urgência, a audição do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, para que sejam prestados esclarecimentos sobre o anúncio de despedimento coletivo no porto de Lisboa, assim como sobre as garantias do exercício do direito à greve. “Exige-se que o Governo intervenha na resolução deste conflito, garantindo a defesa da Constituição”, lê-se num comunicado enviado às redações.

O Bloco de Esquerda considera que a situação que hoje se vive é “crítica”, afirmando “não compreender” o anúncio de despedimento coletivo por parte das associações dos Operadores Portuários, o qual considera “grave” e “anticonstitucional”. E explica: “Trata-se, com efeito, de uma iniciativa grave, que pretende ameaçar e chantagear os trabalhadores em luta pelo exercício dos seus legítimos direitos e que configura uma violação grosseira do direito à greve. Justificar um despedimento com o facto de uma greve ter alegadamente parado a atividade abre um precedente inaceitável de condicionamento do exercício de um direito constitucional.”

Os bloquistas criticam ainda a atuação policial no porto de Lisboa. “A somar ao anúncio de despedimento por parte dos operadores, a presença da polícia no porto tem também contribuído para condicionar o exercício do direito à greve, protegendo uma manobra de substituição de trabalhadores grevistas.”

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