O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, apelou esta terça-feira aos agentes políticos para serem “realisticamente esperançosos” na concretização de projetos, no âmbito da inauguração do Centro de Saúde de Carnaxide, em Oeiras, ambicionado há mais de 30 anos.

“A esperança não é inimiga do realismo e, por isso, faço aqui hoje um apelo, introduzindo um novo termo político, para que sejamos todos realisticamente esperançosos”, afirmou o ministro.

O novo Centro de Saúde de Carnaxide, esta terça-feira inaugurado no âmbito das comemorações do Dia do Município, era um equipamento ambicionado há mais de três décadas e que “atravessou” vários governos sem nunca ser concretizado.

A funcionar num prédio de habitação de quatro pisos e sem condições, o antigo centro de saúde era visto pela Câmara de Oeiras como um “caso preocupante”.

O ministro da Saúde sublinhou que “é nos centros de saúde que se resolve grande parte das necessidades dos portugueses”, enaltecendo a nova obra que “não sendo luxuosa, serve a população com dignidade”.

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“Não é preciso muito dinheiro, nem obras megalómanas. É preciso fazer o que importa, de forma económica. Este Governo assumiu esse compromisso, de conciliar o rigor orçamental com a justiça social”, sustentou.

Também o presidente da Câmara de Oeiras, Paulo Vistas, frisou que o novo centro de saúde “vai servir com dignidade” os utentes e a sua necessidade reúne consenso de todos.

“Este equipamento não é de ostentação ou supérfluo. É um equipamento que todos, da esquerda à direita, passando pelos partidos do centro, estão de acordo de que era necessário há muito tempo para elevar a qualidade de vida dos munícipes”, afirmou o autarca.

As novas instalações, localizadas no antigo Quintal Desportivo de Carnaxide, em terreno cedido pela autarquia, vão servir cerca de 30 mil utentes e terão as valências de medicina familiar (duas unidades), com cerca de 44 gabinetes de consulta (onde se incluem duas salas de saúde pública, quatro salas de tratamento, dez gabinetes de enfermagem e um gabinete de saúde oral).

O projeto resultou de uma parceria com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e o investimento atingiu cerca de 2,2 milhões de euros.

Trata-se do primeiro de três centros de saúde cujas obras serão concluídas pelo Município de Oeiras no decorrer do presente mandato, a par do centro de saúde de Algés e o de Barcarena, em construção.