O ativista angolano Manuel Chivonde “Nito Alves”, do grupo de 17 jovens condenados por atos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores, está desde o início da tarde desta terça-feira em liberdade provisória.

Em declarações à agência Lusa, Nito Alves, o único dos 17 que ainda se encontrava em prisão, a cumprir uma pena efetiva de seis meses, condenado em processo sumário por injúrias proferidas durante o julgamento, no tribunal de Luanda, confirmou que está em liberdade provisória, sob termo de identidade e residência desde as 14:45.

Segundo Nito Alves, o Tribunal Constitucional respondeu favoravelmente a um recurso extraordinário submetido pela defesa, que permitiu a sua saída.

Nito Alves, com saída prevista apenas para 08 de agosto, disse ter ficado surpreendido com a decisão do tribunal.

“Estou com a minha família, a pessoa quando é posta em liberdade fica emocionada, mas estou a lidar bem com a situação”, referiu o ativista, salientando que pelo menos nas próximas 48 horas vai estar apenas com a família.

“Não temo pela minha vida, este julgamento é uma palhaçada”, disse Nito Alves, a 08 de fevereiro, numa das sessões enquanto decorria o julgamento dos 17 ativistas, condenados posteriormente, a 28 de março, a penas de prisão entre os dois anos e três meses e os oito anos e meio por atos preparatórios para uma rebelião e associação de malfeitores.

Na passada quarta-feira, o Tribunal Supremo deu provimento ao pedido de “habeas corpus” apresentado pela defesa dos 17 ativistas, que permitiu a liberdade provisória, enquanto não são decididos os recursos à condenação.

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