Caso se candidatasse à reeleição em 2017, François Hollande, o atual presidente de França, sofreria uma pesada derrota, segundo uma sondagem feita pelo jornal francês Le Figaro e publicada esta terça-feira.

Embora não tenha, para já, expressado vontade de se candidatar às eleições presidenciais de 2017, os dados recolhidos pelo jornal Le Figaro e pelo canal de televisão LCI mostram que o socialista conseguiria apenas entre 11% e 15% dos votos, caso se candidatasse. A sondagem foi feita entre os dias 2 e 5 de setembro junto de 1.006 votantes franceses.

Os valores negativos na popularidade de Hollande devem-se sobretudo às opiniões de que o presidente não soube lidar com a situação económica do país.

Os baixos níveis de popularidade do presidente levaram ao surgimento de um possível novo candidato pelo Partido Socialista, o ex-ministro da Economia francês, Emmanuel Macron que, segundo as sondagens, conseguiria entre 15% e 20% dos votos.

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Direita com vantagem

A sondagem mostra que o cenário mais provável é que nas eleições de 2017 se defronte um candidato do partido de extrema-direita, a Frente Nacional, e um representante do partido Os Republicanos, partido conservador gaulista.

As primárias do partido Os Republicanos irão decorrer em novembro e o antigo presidente Nicolas Sarkozy deve enfrentar o antigo primeiro-ministro Alain Juppé pelo apoio partidário.

A candidata da Frente Nacional será Marine Le Pen, a filha do fundador do partido, Jean-Marie Le Pen que nestas sondagens passaria à segunda volta.

Se depois de uma primeira volta nenhum candidato conseguir a maioria absoluta é feita uma segunda votação com os dois candidatos mais votados. Caso se verifique este cenário, o Le Figaro conclui que tanto a candidata da Frente Nacional como o d’Os Republicanos devem ir a uma segunda volta – Juppé conseguiria cerca de 33% dos votos e Le Pen 29% e, noutro cenário, Sarkozy conseguiria 27% de apoio e Marine Le Pen 29%.

O antigo ministro da economia de Hollande, Emmanuel Macron, conseguiria cerca de 15% a 20% dos votos e Jean-Luc Melenchon, do Partido de Esquerda, entre os 10% e os 13%.