O Governo vai analisar no início de outubro um conjunto de “155 medidas concretas” para valorizar o interior do país, de acordo com um relatório apresentado esta sexta-feira, revelou o ministro adjunto Eduardo Cabrita.

O relatório do Programa Nacional de Coesão Territorial foi elaborado pela Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI), criada em março, e foi apresentado esta sexta-feira em Lisboa numa reunião do Conselho de Concertação Territorial (CCT), que teve a presença do primeiro-ministro, do ministro-adjunto, dos ministros das Finanças, da Economia, das Infraestruturas e do Ambiente, além de representantes dos municípios, das freguesias, das áreas metropolitanas e das comunidades intermunicipais.

No final do encontro, o ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, destacou, sem concretizar, que o documento “integra cinco eixos de ação, integra oito áreas de desenvolvimento de políticas e integra na sua atual formulação 155 medidas concretas, com uma dimensão transversal, envolvendo […] todas as áreas de promoção das políticas públicas”.

O governante destacou que o documento será enviado para apreciação a todas as entidades que fazem parte do CCT e será avaliado pelo Conselho de Ministros “no início de outubro”.

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No encontro do CCT foi ainda feito um balanço da preparação do processo de descentralização de competências para as autarquias que o Governo quer ter pronto já no início do próximo ano, para desenvolver no terreno a partir das próximas eleições autárquicas, em 2017.

Eduardo Cabrita destacou que foi feito um ponto da situação do que está a ser desenvolvido por sete grupos técnicos de trabalho – nas áreas da educação, da saúde, da ação social, do ambiente, ordenamento do território e mar, das finanças locais, de questões gerais de descentralização e um grupo específico da Associação Nacional de freguesias.

Estes grupos de trabalho estão em pleno funcionamento, em articulação com o Governo, e até ao final deste ano concluirão o processo de discussão de todas as matérias que nos permitirão ter no início do ano, na Assembleia da República […], o conjunto de reformas institucionais que permitam iniciar o próximo ciclo autárquico, decorrente das eleições do final de 2017, com um novo quadro de atribuições e competências”, salientou.

O CCT foi criado em março de 2014 “para debater assuntos com dimensão territorial relevantes” e tem entre os seus objetivos principais a promoção da coesão e o desenvolvimento territoriais. É presidido pelo primeiro-ministro.