Dois ataques bombistas levados a cabo na noite de segunda-feira na cidade de Dresden, na Alemanha, provocaram vários danos no exterior de uma mesquita e de um centro internacional de conferências, anunciou esta terça-feira a polícia do estado da Saxónia em comunicado. Ninguém ficou ferido.

A primeira explosão aconteceu por volta das 21h53 (20h53 em Lisboa) perto da mesquita do bairro de Cotta. No seu interior encontrava-se um imã, a sua mulher e os dois filhos. De acordo com o jornal DW, a segunda bomba terá detonado meia hora depois, junto a um centro de congressos, obrigando a polícia a evacuar o hotel Martim, nas redondezas.

A woman wearing a headscarf walks past the entrance to the Fatih Camii Mosque in Dresden, eastern Germany, where traces of smoke can be seen after a bomb attack. Bomb attacks hit a mosque and a congress centre in the eastern German city of Dresden, police said, addding that they suspected a xenophobic and nationalist motive. No-one was injured in the twin explosives attacks late Monday, September 26, 2016 in the city that has become a hotspot for far-right protests amid Germany's huge migrant influx. / AFP / dpa / Sebastian Kahnert / Germany OUT (Photo credit should read SEBASTIAN KAHNERT/AFP/Getty Images)

A entrada da mesquita Fatih Camii, no bairro de Cotta (SEBASTIAN KAHNERT/AFP/Getty Images)

As explosões provocaram danos nos edifícios, que foram imediatamente isolados pelas autoridades. A segurança nas instituições islâmicas em Dresden e no Conselho Geral Turco foi reforçada durante a noite.

Apesar de os ataques ainda não terem sido reivindicados, a polícia acredita que poderão estar relacionados com o movimento de extrema-direita alemão. “Temos razões para suspeitar que tiveram um motivo xenófobo“, explicou em comunicado o comissário Horst Kretzschmar.

Segundo Kretzschmar, as autoridades acreditam que as explosões poderão ter uma ligação com as “celebrações do dia da unificação alemã”, que se celebra na próxima semana. “Estes eventos irão certamente ter impacto nos nossos planos de patrulha. A partir de agora estaremos a trabalhar em modo de crise.”

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