Corte nos custos, “limpeza” de imparidades, juros baixos nos depósitos e venda de unidades no exterior. Estas são as pedras basilares do plano de negócios que quer colocar a Caixa a dar lucro, um plano que será executado por Paulo Macedo e que foi ultimado em conjunto com o ainda presidente do banco público, António Domingues.

A execução do plano, cujos contornos são noticiados pelo Jornal de Negócios, quer pôr a Caixa Geral de Depósitos (CGD) a dar lucro já no próximo ano e, no último ano do plano — 2020 — a Caixa estará a dar lucros de 670 milhões de euros.

Contudo, já este ano, como já foi noticiado, a Caixa vai avançar com uma “limpeza” de balanço que irá reconhecer perdas de mais de 3.000 milhões, relativas a créditos antigos, o que fará com que o banco feche o exercício de 2016 com um prejuízo pesado. A ideia é concentrar em 2016 o esforço de reconhecimento de imparidades, para que a partir de 2017 essa rubrica pese, em cada ano, não mais do que 150 milhões.

O corte dos custos levará à saída de 2.200 trabalhadores até 2020, o que poupará 75 milhões. Mais 75 milhões deverão ser poupados com o fecho de balcões e reestruturação de contratos com fornecedores. A margem financeira do banco será, também, beneficiada com a descida das remunerações dos depósitos — uma política comercial que será acompanhada por uma aposta na venda de seguros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR