O Departamento de Justiça dos EUA considera que a Casa Branca está isenta das leis anti-nepotismo de 1967 e que, por isso, Donald Trump pode nomear o seu genro, Jared Kushner, para ser seu conselheiro, agora que assumiu funções como o 45.º Presidente dos Estados Unidos.

A ideia já era contestada quando era apenas um rumor Ivanka Trump poder ser nomeada para um cargo na administração lidera pelo seu pai. Esse rumor não se confirmou, pelo menos para já, mas o seu marido, Jared Kushner, foi mesmo escolhido por Donald Trump para ser consultor do Presidente.

A discussão continuou, mas agora o Departamento de Justiça abriu o caminho para a Casa Branca livre para o genro de Trump. Numa opinião de 14 páginas escrita por um dos advogados membro do Office of Legal Counsel da Procuradoria-Geral dos EUA, é sustentado que o Presidente não está sujeito às leis anti-nepotismo e logo, pode nomear membros da sua família para cargos em departamentos federais.

A lei, diz a opinião (pode ler aqui) “que autoriza o Presidente a nomear empregados para cargos na Casa Branca ‘sem consideração por qualquer norma da lei que regular o emprego ou a compensação das pessoas ao serviço do Governo’ isenta os cargos na Casa Branca da proibição sobre o nepotismo”.

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Com esta decisão, o genro de Donald Trump poderá assumir um cargo na Casa Branca, onde terá como colegas o chefe de gabinete, Reince Priebus, o estratega Steve Bannon e a consultora Kellyanne Conway, entre outros.

Jared Kushner deverá assumir o cargo sem receber qualquer remuneração em troca, de acordo com o seu advogado, e irá desinvestir na Thrive Capital, um fundo de investimento, e da sua participação no capital do jornal New York Observer.

Donald Trump, que considera Jared Kushner um dos seus conselheiros mais importantes, tem um núcleo próximo historicamente pequeno, apoiando-se maioritariamente na família para tomar decisões e para gerir os seus negócios e tomar decisões.