O Governo dos Estados Unidos aumentou as restrições para a concessão de vistos de entrada aos brasileiros, regras que entraram em vigor na segunda-feira e tornam o processo mais extenso. “O processo de emissão de vistos tem um papel crucial para detetar indivíduos com vínculos terroristas e impedir que entrem nos EUA”, lê-se no documento de 27 de janeiro, divulgado no site da embaixada.
No Brasil, antes da mudança, os jovens com idades entre 14 e 15 anos, e idosos entre 66 e 79 anos, que solicitavam autorização para viajar aos Estados Unidos pela primeira vez estavam isentos de fazer esta entrevista nas unidades consulares que oferecem o serviço, mas agora precisarão fazer. Já os brasileiros que necessitam renovar vistos vencidos tinham até 48 meses para fazê-lo, sem nova entrevista, mas o prazo caiu agora para 12 meses.
Agora, de acordo com o que é avançado pela Folha de São Paulo, a Argentina também foi contemplada pelas restrições de Donald Trump, quando está perto de se saber que o número de pedido de vistos dos brasileiros para os EUA triplicou no último ano. Segundo a mesma publicação, se em 2015 houve cerca de 5% de pedidos que foram rejeitados, em 2016 esse número dubiu para 15%. Na América Latina, apenas os cidadãos do Chile não precisam de visto para entrar nos EUA.
A Casa Branca justifica a decisão no documento que foi tornado público em 11 pontos, que passam pela “suspensão da emissão de vistos e outros benefícios de imigração para cidadãos de países que causam preocupação especial”, pela “implementação de normas uniformes de investigação em todos os programas de imigração” ou por ter maior “rapidez na conclusão do sistema biométrico de rastreamento de entradas-saídas”.
As mudanças foram determinadas por um decreto assinado pelo Presidente norte americano, Donald Trump, no último dia 27, que restringiu a entrada de refugiados sírios e veto ao ingresso de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos Estados Unidos. “O documento, assinado por Donald Trump, diz que as alterações servem “para proteger os americanos de ataques terroristas cometidos por estrangeiros admitidos nos Estados Unidos”, lê-se no documento.
Em nota, a embaixada dos Estados Unidos justificou as mudanças afirmando que “o governo dos Estados Unidos está empenhado em facilitar viagens legítimas de visitantes internacionais e ao mesmo tempo garantir a segurança de suas fronteiras”.