O Tribunal de Recurso de São Francisco decidiu, esta quinta-feira, manter a suspensão do decreto anti-imigração de Donald Trump. Os cidadãos de sete países de maioria muçulmana vão continuar a poder entrar na América.

“Por um lado, o público tem um poderoso interesse pela segurança nacional e pela capacidade do presidente eleito para promulgar políticas. E, por outro lado, também está interessado na livre circulação, em evitar a separação de famílias, e na liberdade contra a discriminação. Não precisamos de caraterizar mais definitivamente o interesse público do que isto… O recurso é negado” escreveram os juízes, segundo a CNN.

O presidente dos Estados Unidos já reagiu à decisão, ameaçando: “Vemos-nos em tribunal, a segurança da nossa nação está em causa“.

Os três juízes responsáveis pela avaliação do recurso do presidente dos Estados Unidos foram adiando a decisão mostrando-se céticos em relação ao travel ban e questionando a Casa Branca acerca das medidas restritivas à imigração.

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Donald Trump mostrou-se descontente e afirmou que era tudo “uma vergonha” e que o tribunal está politizado. “Seria ótimo para o nosso sistema de justiça se eles fossem capazes de ler a declaração e fazer o que está certo. Isto tem a ver com a segurança do nosso país”, frisou o presidente dos Estados Unidos.

O juiz escolhido por Trump para o Supremo Tribunal, Neil Gorsuch, classificou os sucessivos ataques do presidente ao poder judicial americano “desmoralizadores” e “abomináveis”.

A medida de Trump, adotada a 27 de janeiro, determinou a suspensão durante 120 dias do programa de acolhimento de refugiados e travou durante outros 90 dias a entrada e a emissão de vistos para cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irão e Iémen).