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Venezuela. Três mortos e dezenas de feridos na "mãe de todas as manifestações"

Este artigo tem mais de 5 anos

Três mortos e dezenas de feridos é o balanço, para já, da "mãe de todas as manifestações" convocada pela oposição a Nicolás Maduro, e que teve direito a contra-manifestações dos apoiantes do regime.

24 fotos

Três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas esta quarta-feira em grandes protestos por toda a Venezuela. As vítimas mortais, uma estudante universitária de 24 anos, um jovem de 17 e um militar foram baleadas por alegados apoiantes do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Depois de a oposição (que tem maioria no Parlamento) ter convocado um protesto a que chamou “a mãe de todas as manifestações” para dezenas de cidades venezuelanas, os apoiantes do regime de Maduro agendaram também um conjunto de contra-manifestações. A tensão entre os dois grupos levou a desacatos violentos em diversos pontos do país.

A origem do protesto desta quarta-feira — que foi feriado nacional na Venezuela — remonta às eleições de 2015, em que o Partido Socialista Unido da Venezuela perdeu pela primeira vez a maioria parlamentar. Nessa altura, e antes da tomada de posse dos novos deputados, o PSUV nomeou novos juízes para o Supremo Tribunal, que tem vindo a bloquear a grande maioria das decisões da Assembleia.

Venezuela enfrenta a “mãe de todas as manifestações”

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A tensão chegou a um ponto de fratura já este ano, quando o Supremo retirou o poder legislativo à Assembleia Nacional — devolvendo-o logo dois dias depois, sob acusações de estar a preparar uma ditadura no país. A oposição acusa o regime bolivariano de Maduro de temer o poder dos partidos da oposição no Parlamento — isto porque tendo dois terços dos deputados, o Parlamento tem o poder de alterar a Constituição e de destituir os ocupantes dos mais altos cargos do governo, podendo inclusivamente acabar com o regime do país.

Pode ler mais sobre o que levou aos protestos desta quarta-feira neste completo artigo do Observador.

A primeira vítima mortal dos protestos foi um jovem de 19 anos, que foi atingido a tiro na cabeça durante protestos da oposição, em Caracas, na Venezuela. O jovem estava com um grupo de ativistas anti-Maduro na praça La Estrella, no centro de Caracas, quando foi baleado na cabeça. Ainda foi transportado para um hospital com o objetivo de ser operado, mas acabou por morrer pouco depois, segundo as autoridades. De acordo com testemunhas presentes no local, os tiros terão sido disparados por contra-manifestantes ligados aos grupos apoiantes de Maduro.

A segunda vítima mortal foi também baleada por supostos apoiantes de Nicolás Maduro, no final do dia. Tratava-se de uma estudante universitária de 24 anos.

A terceira vítima foi um militar venezuelano, que foi morto a tiro num protesto contra o Governo em San Antonio de los Altos, no estado de Miranda, perto de Caracas. O Defensor do Povo, Tarek William Saab, explicou que o segundo sargento da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada), Neomar San Clemente Barrios, foi morto por um atirador no município de Los Salias, localidade satélite da capital venezuelana.

Há também relatos da detenção e tortura de ativistas da oposição. De acordo com a Reuters, pelo menos dois ativistas foram presos e os seus familiares estão a denunciar atos de tortura.

As manifestações da oposição multiplicaram-se por cidades de todo o país, mas apenas podem ser vistas através das imagens que circulam nas redes sociais, uma vez que as imagens televisivas oficiais apenas mostram os protestos a favor de Maduro. A página de Twitter Noticias Venezuela tem partilhado diversas imagens de manifestações a favor do regime. Nueva Esparta, Barquisimeto e Puerto La Cruz são alguns dos locais onde há grandes protestos anti-Maduro.

https://twitter.com/NoticiasVenezue/status/854735944989200384

https://twitter.com/NoticiasVenezue/status/854735725010579456

https://twitter.com/NoticiasVenezue/status/854737002088058880

Ao mesmo tempo, milhares de manifestantes vestidos de vermelho encheram as ruas num conjunto de contra-manifestações a favor de Maduro, como mostra diversas imagens partilhadas por individualidades afetas ao regime nas redes sociais.

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