Uma norte-americana foi processada pelo Departamento de Justiça por se rir do procurador-geral, Jeff Sessions, durante a sua tomada de posse no Senado. O episódio ocorreu no início do ano. De acordo com o Huffington Post, a mulher em causa é Desiree Fairooz, uma ativista do grupo Code Pink, e foi detida em janeiro depois de se ter rido em voz alta quando o senador Richard Shelby se referiu a Sessions como tendo um histórico de “tratar todos os americanos de forma igual perante a lei”.
Na verdade, Sessions tem uma longa história de se opor a legislação que procure promover uma igualdade de tratamento perante a lei. Por várias vezes criticou a Lei dos Direitos de Voto de 1965, que pôs fim a práticas eleitorais discriminatórias, resultantes da segregação racial nos EUA.
Lei dos Direitos de Voto 1965
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Esta legislação foi um marco na história dos direitos civis nos EUA. Foi assinada pelo presidente Lyndon Johnson no seguimento da Lei de Direitos Civis, que promulgava o fim da segregação racial nos EUA. Assinada em agosto de 1965, a Lei dos Direitos de Voto garantiu o direito de acesso às urnas de cidadãos negros em todos os estados.
Votou contra legislação que criminalizava crimes de ódio para com indivíduos LGBTQ e explicou que “atualmente, eu não tenho a certeza se mulheres e pessoas com orientações sexuais diferentes enfrentam esse tipo de discriminação. Simplesmente, não o vejo”.
Em 1980, foi rejeitado para uma posição como juíz federal quando foi acusado de discurso racista, alegadamente por dizer que o Ku Klux Klan “não tinha problema até descobrir que fumavam erva”. Relembre-se, o Ku Klux Klan é uma organização de cariz racista e antissemita nos Estados Unidos. Estima-se que atualmente tenham entre cinco e oito mil membros.
Se for condenada, Fairooz enfrenta uma multa até 500 dólares (cerca de 458 euros) e seis meses de prisão.